Governo do RN Homenageia Potiguares Medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Paris

A governadora do RN recebeu nesta quarta-feira (11), no auditório da Governadoria, potiguares medalhistas dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A agenda homenageou três paratletas que contribuíram para a melhor campanha da história do Brasil em competições paralímpicas.

Foram homenageados Arthur Silva, medalhista de ouro na categoria até 90 kg da classe J1 do judô, Thalita Simplício, medalhista de prata nos 400 m T11 do paratletismo, e Maria Clara Augusto, também do paratletismo, medalhista de bronze nos 400 m T47.
A governadora Fátima Bezerra celebrou a conquista de toda a delegação brasileira. - Foto: Carmem Felix/Assecom/RN


“O Brasil bateu recordes este ano em Paris, especialmente no número de atletas medalhados, e o Rio Grande do Norte fez parte dessa façanha. Dos 14 atletas potiguares que integraram a delegação brasileira, seis deles, para nosso orgulho e alegria, foram medalhados. Portanto, hoje estamos aqui, em nome do povo do Rio Grande do Norte, para expressar nosso abraço de alegria, parabéns e homenagens”, comemorou a governadora Fátima Bezerra.

Em Paris, na 17ª edição dos Jogos Paralímpicos — realizados entre 28 de agosto e 8 de setembro de 2024 — o Brasil alcançou o 5º lugar no quadro geral de medalhas. Ao todo, os brasileiros conquistaram 89 medalhas, superando o recorde anterior de 72 medalhas obtido nos Jogos de Tóquio 2020 e no Rio 2016.


O Rio Grande do Norte teve 14 paratletas em Paris. Ao todo, seis deles receberam medalhas. Além dos atletas homenageados, Cecília Araújo conquistou a medalha de prata na natação, na prova dos 50 metros livre da classe S8. O judô potiguar ainda rendeu mais uma medalha, com Rosicleide Andrade garantindo o bronze. No goalball, Romário Marques completou o pódio potiguar com o bronze, representando a seleção brasileira.
Voltar para casa com a medalha

Arthur Silva, atual líder do ranking mundial no judô, confirmou seu favoritismo e se tornou campeão paralímpico. Ele afirmou que ainda está se acostumando com a recepção após o título. “Muita gente assistiu às lutas e comemorou a vitória. A população potiguar está, com certeza, em festa agora, depois desse resultado maravilhoso que não é só meu, mas também dos outros potiguares medalhistas”, disse Arthur.

Aos dois anos de idade, o campeão paralímpico começou a perder a visão por conta de retinose pigmentar, ficando cego aos 18 anos. Morando e treinando em Natal, ele planeja um período de descanso de 30 dias antes de retomar os treinos, com o objetivo de defender o título nos Jogos de Los Angeles, em 2028. “Vou treinar mais do que nunca, criar novas estratégias de luta, porque sou o atleta a ser batido”, comentou.


Thalita Simplício, apesar de ter conquistado a prata nos 400 m T11, ainda busca o ouro, a única medalha que falta em seu currículo. Na infância, Thalita tinha baixa visão, mas aos 12 anos, com o avanço do glaucoma, ficou cega. “O ciclo para Los Angeles já começou, mas agora é hora de descansar nas férias e depois pensar nas próximas competições”, afirmou.

Maria Clara Augusto, em sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos, comemorou o bronze nos 400 m T47. Com má-formação congênita no braço esquerdo, ela começou a praticar atletismo em um projeto da cidade onde morava, aos 11 anos. Agora, Maria Clara lida com a repercussão de sua conquista, já sendo convidada para palestras e eventos. “Está sendo tudo novo para mim, mas fico feliz em mostrar meu trabalho e ser reconhecida”, disse, satisfeita com o resultado obtido em Paris.



#Fonte: Agorarn
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