Esclerose Múltipla Pode ser Desencadeada por Fatores Ambientais, diz Especialista do RN

Foto: Pedro Henrique Brandão/Jovem Pan News Natal

A esclerose múltipla, doença autoimune provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos, pode ser estimulada a partir de fatores ambientais associados a uma predisposição genética. É o que afirma o neurologista Felipe Toscano. A informação foi repassada durante entrevista ao Tribuna Livre, da Jovem Pan News Natal, na manhã desta quarta-feira (28).

De acordo com o especialista, a doença acomete principalmente jovens e manifesta sintomas diversos. Entre eles, estão a inflamação do nervo do olho que pode levar a perda da visão, inflamação da medula e quadro de tontura acompanhado de versão dupla. Os órgãos mais afetados, portanto, são o cérebro e a medula espinhal.

Apesar do fator genético estar associado às causas da esclerose múltipla, ele não representa isoladamente uma certeza de desenvolvimento da condição. “As pessoas podem herdar vários genes e, ao longo do tempo, eles podem se manifestar e desenvolver a doença ou não. Não obrigatoriamente vai passar de pai para filho, mas aumenta o risco”, afirma Felipe Toscano.

Isso acontece porque existem estímulos que podem favorecer o surgimento da doença autoimune, dentre os quais estão fatores ambientais ligados ao estilo de vida:Obesidade durante infância e adolescência;

Má alimentação;

Tabagismo;

Deficiência de Vitamina D;

Infecção por vírus da mononucleose (principal estímulo).

Diagnóstico

Embora o diagnóstico precoce seja fundamental para tratar a esclerose múltipla, Felipe Toscano observa que trata-se de um processo complexo. Isso porque, além de ouvir a história do paciente e realizar testes neurológicos, a equipe de neurologia faz a ressonância magnética. “Na ressonância, aparecem algumas manchas brancas que a gente chama de lesões desmielinizantes , quando o local inflamado perdeu a mielina que é uma capa de gordura protetora dos nossos neurônios”, complementa.

Aliado a isso, outras doenças como HIV, Sífilis e Lúpus podem ser confundidas com a esclerose e precisam ser eliminadas durante o processo de diagnóstico. Uma vez diagnosticada, embora não tenha cura, as possibilidades de tratamento da doença autoimune tem como foco a manutenção da qualidade de vida do paciente.

#Fonte: Tribunadonorte