Paulo Victor – Foto: Rosinaldo Lobo
Portador de uma doença congênita, aos sete anos idade o jovem surpreendeu a todos ao sobreviver a uma infecção que o deixou sem sinais vitais por seis minutos
Paulo Victor é esta criança de oito anos que vemos na foto. Ele nasceu com uma doença que causa anormalidades no funcionamento do coração. Assim que nasceu, ele foi submetido a uma cirurgia cardíaca e pôde ter uma vida saudável e normal, diante de suas condições de saúde.
Mas, infelizmente, em maio do ano passado Paulo teve uma infecção intestinal e seus dias no hospital foram assustadores. O garoto chegou a sofrer três pa- radas cardíacas. Na última foram necessários mais de seis minutos para que o garoto reagisse às tentativas de ressuscitação.
Paulo voltou a apresentar si nais vitais, no entanto, segundo a equipe médica tudo indicava que o jovem teria sequelas neurológicas graves, devido ao tempo que ficou sem oxigenação no cérebro.
Janaína, mãe de Paulo, re lembra os momentos no hospital e a falta de esperança dos médicos diante do grave quadro de Paulo. “Os médicos disseram que se ele sobrevivesse à infecção ele se tornaria um neuropata, voltaria pra casa em estado vegetativo ou em coma”, diz ela.
Contrariando as expectativas, Paulo lentamente começou a reagir. Primeiro abriu os olhos; depois de alguns dias, ainda fraco e sem conseguir falar, gesticulou verbalmente que estava com fome e foi muito específico ao pedir uvas e danone. O que ele havia feito era inacreditável. Apesar do forte desejo de todos pela recuperação do garoto, sobreviver e com saúde parecia impossível.
Quando ele disse que estava com fome, eu chorei. A enfermeira veio olhar e saiu chorando, eles não acreditavam. Teve que vir de um em um confirmar que ele estava reagindo”, conta.
Após três meses internado e lutando por sua vida, Paulo recebeu alta. No entanto, o garotinho perdeu a função motora das pernas e agora precisa de fisioterapia para voltar a andar. Desde que Paulo saiu do hospital, e sem condições financeiras, Janaína tentava conseguir o tratamento para o filho, mas somente há dois meses as consultas com a fisioterapeuta finalmente começaram.
Rotina na AssociaçãoPaulo Victor fazendo fisioterapia – Foto: Rosinaldo Lobo
Foi através da Associação Anthony Esperança que Paulo venceu mais uma luta, embora não seja ainda o fim da batalha. Todas as terças e quintas-feiras Paulo, Janaína e Davi, seu irmão de cinco anos, saem do bairro Planalto para a sede da associação no bairro Felipe Camarão. A primeira batalha do dia é conseguir um uber além de ser horário de pico, quase nenhum motorista aceita a corrida após saber que precisam levar a cadeira de rodas de Paulo.
“Alguns cancelam quando eu digo que tem que levar a cadeira, outros só veem a mensagem quando chega aqui e cancelam a viagem na nossa frente. Tem uns que zombam da situação. Toda semana é essa dificuldade pra conseguir levar ele pra consulta”, lamenta Janaína.
Pela manhã, os irmãos fazem acompanhamento psicológico e esperam até a tarde para a consulta com a fisioterapeuta No local, que acolhe cerca de 50 jovens por dia, Márcia uma das fundadoras da Associação deu um jeitinho de deixar o ambiente confortável para a família, além do banho e da refeição que fazem no lugar, também foi improvisada uma área para os meninos descansarem.
Após a consulta de Paulo, eles lidam novamente com a questão do uber. E mais uma vez em horário de pico.
“Além de ser difícil de conseguir o transporte, tem o gasto extra. Eu sou mãe solo, são oito sessões por mês e acaba pesando. Eu não quero que ele pare de fazer o tratamento ou não compareça a todas as consultas. Ele tem tanta determinação, tá evoluindo rápido”, diz.
Janaína também ressalta que existem outras mães na mesma situação, que por questões financeiras não conseguem levar seus filhos até as consultas e que o ideal seria a Associação conseguir uma kombi para o transporte desses pequenos pacientes, mas que não sabem como isso seria possível, já que a Antony Esperança não recebe nenhum tipo de apoio e faz o que pode para dar assistência a mais de mil famílias.
Que Hulk que nada, nosso héroi é Paulo Victor#Fonte: OPotengi
RN: Paulo Victor, Um Pequeno Herói em Sua Grande Batalha por Uma Vida Plena
Reviewed by Canguaretama De Fato
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27.7.24
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