Consolidado como um dos líderes nacionais de geração de energia eólica em terra, o Rio Grande do Norte segue para desenvolver projetos do gênero no mar. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA) já recebeu 14 pedidos de licenciamento para a instalação de complexos eólicos offshore. Eles devem ser desenvolvidos na próxima década, a partir de 2030, e resultar, segundo prevê a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec/RN), investimentos na ordem de R$ 60 bilhões. Até lá, ainda é preciso resolver gargalos, como a regulamentação dessa fonte offshore e também a transmissão da energia que será produzida.
A quantidade de pedidos de licenciamento para áreas no mar do
potiguar se iguala à do Rio de Janeiro e fica atrás apenas do Rio Grande
do Sul, que teve 27 processos e do do Ceará, que soma 25. “A gente
espera que, ao longo dessa próxima década, a partir de 2030, 2031, 2032 …
vamos ter aí investimentos na ordem de R$ 60 bilhões para a implantação
desses projetos aqui no Estado”, declara o coordenador de
desenvolvimento energético da Sedec/RN.
Pela última atualização de processos de licenciamento ambiental de eólicas offshore abertos no Ibama até 18 de janeiro de 2024, os 14 parques somam um potencial para gerar 25,4 GW (GigaWatts). Eles se estendem pelo litoral Norte do Estado, entre as regiões onde ficam os municípios de Touros e Areia Branca. Contudo, nem todos deverão prosperar, pelo menos não nos locais pretendidos, uma vez que há pedidos de licenciamento de mais de uma empresa na mesma área. “Nem todos serão construídos porque estão disputando as mesas áreas. Aquele que tiver melhor competitividade, aquele que ganhar o leilão de cessão da área, que será feito pelo governo federal, após a regularização da fonte, deve ficar”, explica Hugo Fonseca.
O último pedido foi da empresa Total Energies Petróleo e Gás Brasil LTDA, com o projeto Sopros do Rio Grande do Norte, em água que correspondem o litoral desde Touros até São Bento do Norte. A empresa informou no projeto a intenção de gerar 3 GW. Contudo, a mesma área avança sobre trechos já pleiteados por, pelo menos, quatro outras empresas que entraram com pedidos de licenciamentos antes dela.
Somente da Petrobras, o IBAMA recebeu três pedidos para instalação de projetos offshore no litoral potiguar. A companhia pretende instalar os projetos Costa Branca I (1,45 GW), Costa Branca II (2,10 GW) e Ginga (1,06 GW), passando pelo mar de municípios como Galinhos, Guamaré, Macau, Porto do Mangue e Areia Branca.
“No ano passado a Petrobras encaminhou, junto ao Ibama, pedido para iniciar o processo de licenciamento ambiental de dez áreas no mar brasileiro com forte potencial para desenvolvimento futuro de projetos de energia eólica offshore, sendo três no Estado do Rio Grande do Norte. No âmbito da avaliação de viabilidade técnico-econômica, a produção de hidrogênio verde será uma das rotas comerciais consideradas”, destacou o Diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Carlos Travassos.
#Fonte: Tribunadonorte
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