“Erro de Fátima É Não Buscar a Unidade do RN”, Afirma Henrique Alves

Aos 74 anos de idade, a maior parte deles vividos na política do Rio Grande do Norte, o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PSB) chegou à sede do AGORA RN passando a impressão de um brasileiro comum. De calça jeans, cabelos cuidadosamente arrumados, óculos de grau e camisa polo verde – cor do seu inseparável MDB -, ele parecia despido de qualquer vaidade ou soberba de quem foi parlamentar federal tantas vezes, além de ministro de Estado e até presidente da República interinamente.

Com certa dificuldade de andar, devido à cirurgia à qual foi submetido recentemente – o mesmo procedimento do presidente Lula – Henrique sentou-se em uma cadeira na recepção, cumprimentou educadamente os presentes e recostou a bengala que o tem acompanhado durante sua recuperação. O detalhe é que o objeto de apoio também estampava a cor verde, para combinar com sua camisa e com seu amor pelo partido onde fez carreira política.

Durante quase uma hora e meia de conversa, Henrique opinou sobre diversos assuntos, fez avaliações e contou muitas histórias do passado, revelando que pensa em escrever um livro para contar os principais episódios pelos quais passou, incluindo os 328 dias na prisão.

Falou com orgulho das 11 vezes consecutivas como mandatário na Câmara dos Deputados – recorde que só ele e Ulysses Guimarães detêm. Também desabafou sobre uma “feridinha” que carrega ainda hoje, referindo-se à saída dele do MDB. Ao ser questionado sobre seu atual partido, o PSB, ele fez questão de declarar: “Fui expulso do MDB”.

Entre outros assuntos da política do RN, fez uma avaliação do governo Fátima Bezerra (PT). Cobrou da petista uma liderança que, segundo ele, falta para unir a bancada federal do Rio Grande do Norte em prol dos interesses comuns do Estado. Esse é o principal erro da gestora, na opinião dele.

“Eu acho que o erro de Fátima é não buscar a unidade do Rio Grande do Norte. É dever do governador fazer isso, ela não pode ir a Brasília com um ou dois deputados embaixo do braço, ambos do PT, porque eu acho que isso enfraquece”, disse o ex-deputado.

Com uma rotina bem menos badalada que a de anos atrás, Henrique frequenta diariamente um escritório de consultoria de um amigo advogado no bairro Tirol. Lá ele diz atender pessoas e conversar sobre os “interesses do Rio Grande do Norte”.

Durante o restante do dia, cuida de negócios empresariais, se atualiza no noticiário, mas também gosta de gastar tempo assistindo a bons filmes e séries ao lado da esposa, a jornalista Laurita Arruda.

Vai a Brasília praticamente a cada 15 dias, onde encontra ministros e amigos de uma vida inteira. Do mandato, sente falta de debater assuntos importantes para o Brasil e para o RN, mas garante que não pensa mais em voltar para a política, pois afirma: “Minha missão está cumprida”.

Confira os principais pontos da entrevista com ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves:

DO QUE SENTE FALTA

Meu sentimento hoje é de dever cumprido, porque você começar com 21 anos de idade e ter iniciado sob o signo da revolta, do ódio e do medo, naquela ditadura insana, mas que me fez amadurecer ao longo do tempo, saber perder, saber entender e saber perdoar. Sou absolutamente grato ao Rio Grande do Norte de maneira que eu chego a me emocionar, mas lamento muito hoje, porque olho para a Câmara e me pergunto: cadê aquele plenário com a presença de 150, 200, 300 deputados? São 513 eleitos pelo voto popular que falam por todos os cidadãos de todos os estados brasileiros. Então eu sinto muito a falta daquele plenário discutir os problemas do Brasil, para que você veja que os deputados estão cumprindo o seu dever e discutindo os interesses do cidadão. O Brasil hoje vive duas realidades dramáticas: crise climática e segurança pública. E eu não vejo esses temas sendo tratados na Câmara dos Deputados”.

 

 

 

#Fonte: Agorarn

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