A paralisação havia sido anunciada
no dia 1º de junho. Na ocasião, a cooperativa colocou condições para
evitar o movimento de paralisação. Para a SMS, foi estipulado que se até
a última segunda-feira (5) a pasta não tivesse feito o repasse dos
valores, referente aos serviços prestados no mês de janeiro de 2023,
seria deflagrada a paralisação a partir das 7h da quinta-feira. O mesmo
dia e horário foi apontado para a Sesap devido ao atraso e
imprevisibilidade de pagamentos.
Ao todo, a
Coopmed conta com 1.800 profissionais em mais de 60 serviços. A
suspensão anunciada é para serviços contratados referentes às escalas
médicas na rede municipal de Natal e na rede estadual de saúde. A
paralisação vai afetar atendimentos de médicos cooperados nas UPAs e
hospitais da capital, bem como nos hospitais regionais, entre outros
serviços.
Médicos estiveram reunidos na tarde
dessa terça-feira na sede da Coopmed, na avenida Hermes da Fonseca, no
bairro do Tirol, para atualizar a situação dos atrasos dos honorários.
Sem pagamentos e sem previsão de quitação das dívidas, os cooperados
mantiveram o posicionamento de iniciar uma paralisação.
"Não
estamos querendo parar, até porque o médico ganha pelo serviço que
presta. Na hora que ele não está prestando serviço, ele está deixando de
ganhar", disse um médico da cooperativa que preferiu não se
identificar.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE
entrou em contato com as duas secretárias. A SMS não respondeu os
questionamentos até o fechamento desta edição. Porém, a reportagem
apurou que a Prefeitura do Natal ainda não tem previsão de quando será
feito o pagamento à cooperativa.
Já a Sesap
informou que o pagamento estava previsto para ser feito nesta
quarta-feira. A Coopmed, no entanto, disse que não foi notificada dessa
informação. Em segundo contato, a secretaria estadual afirmou que o
setor financeiro havia sinalizado a possibilidade de pagamento na data. A
Sesap garantiu que se posicionaria sobre a situação nesta quarta.
Mesmo
com a confirmação da paralisação, a cooperativa sinalizou que
suspenderia o movimento se houver o pagamento dos valores em atraso. "Se
houver cumprimento, não há sentido de haver a greve. O problema é que
existe uma tolerância mínima que foi ultrapassada com seis meses de
atraso", disse um médico cooperado.
A Coopmed
afirmou que os profissionais estão sem receber há seis meses e que está
reivindicando neste momento apenas o mês de janeiro das secretarias.
Questionada sobre o montante de honorários médicos em atraso, a
cooperativa afirmou que tem uma política de não divulgação dos valores.
“Todos
os esforços por parte da Cooperativa foram feitos para evitar chegar a
este ponto e os profissionais lamentam profundamente a atual situação
aguardando que seja resolvida com brevidade de modo a minimizar o
prejuízo a população”, disse a Coopmed, por meio de nota.
Lista de serviços
Veja quais unidades de saúde serão afetadas caso haja paralisação
Serviços paralisados na SMS/Natal:
UPA Pajuçara
UPA Potengi
UPA Esperança
PS Mãe Luiza
Hospital dos Pescadores
Hospital Nivaldo Rocha
UPA Satélite
Samu Natal
Transporte Sanitário
Brasília termosa (Ped)
Ambulatórios
Psiquiatria (CAPS)
Ortopedia
Alta/média complexidade
Leide Morais
Maternidade Araken
Serviços paralisados SESAP/RN:
Hospital Walfredo Gurgel
Hospital Giselda Trigueiro ,
Hospital João Machado ,
Hospital Regional de Santo Antônio,
Hospital Regional Pau dos ferros,
Hospital Regional João câmara ,
Hospital Regional Caicó
Hospital Santa Catarina
Central de Regulação das porta de Urgências
Obstetrícia
Clinica médica
Cirurgia Torácica
Pediatria
Ortopedia
#Fonte: Tribuna do Norte
RN Pode Ter Paralisação de 60 Serviços de Saúde
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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