RN: Comerciantes de Natal Relatam Prejuízos Com a Onda de Ataques

 Bruno Vital No Alecrim, alguns lojistas e camelôs sequer abriram, ontem. Movimento foi quase inexistente

No Alecrim, alguns lojistas e camelôs sequer abriram, ontem. Movimento foi quase inexistente

Fechamento antes do horário, baixa nas vendas e muita apreensão. Os comerciantes de Natal relatam prejuízos com a onda de ataques violentos, que seguem acontecendo em todo o Estado desde a madrugada de terça-feira (14). No Alecrim, principal centro comercial da capital, alguns lojistas e camelôs sequer abriram na quarta-feira (15). Os que foram trabalhar reclamaram do movimento quase inexistente nas lojas. Entidades e empresários lamentaram os ataques, especialmente porque a expectativa era de aquecer a economia local com o Dia do Consumidor, celebrado em 15 de março.
 
A vendedora de roupas Nádia Patrícia disse que a sensação de insegurança afastou os clientes das ruas. “Está péssimo. Não entra ninguém na loja, a situação está muito difícil. Sem os ônibus a população não tem como se locomover e isso dificulta demais”, disse a comerciante, que também foi afetada pela interrupção do transporte público. “Logo que anunciaram a suspensão eu corri e liguei para o pessoal da minha família. Peguei uma carona e consegui chegar em casa”, complementa.

Entre terça e quarta, o serviço de transporte público urbano foi suspenso por duas vezes devido aos ataques. A última interrupção ocorreu na manhã de quarta-feira (15), minutos após um veículo ser destruído por um incêndio no bairro Planalto, zona Leste de Natal. Com mais dúvidas do que certezas de quando o comércio voltará à normalidade, trabalhadores e representantes do setor cobraram atitudes enérgicas.

O administrador de ótica, Magnus Alves, diz que se sente receoso diante da insegurança. “A gente se sente impotente diante da criminalidade. Nós sentimos a apreensão nos poucos clientes que ainda nos visitam. É uma situação difícil porque o comércio está ligado diretamente ao transporte público, se uma coisa não funciona a outra também não vai funcionar. É preocupante e parece que todo ano acontece a mesma coisa”, desabafa. 

Entidades reagem

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-RN) reagiu ao cenário de caos na capital e cobrou reforços na segurança do Estado. “Apesar do recolhimento da frota de ônibus em Natal, o comércio segue funcionando no momento. Estamos todos acompanhando os desdobramentos que ocorrerão ao longo da tarde, a partir do reforço  das ações das forças de segurança. Esperamos voltar à plena normalidade com a maior rapidez possível”, comunicou a instituição em nota.

 

 

 

#Fonte: Tribuna do Norte

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