Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Anvisa pede que leitos de pacientes tenham distância de 1 metro e isolamento siga até fim das ‘crostas’ das lesões
Um dia após a confirmação do primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quinta-feira (9) um documento técnico com orientações de prevenção e mitigação da doença em hospitais, clínicas e demais serviços de saúde que estão prestando atendimento a casos suspeitos.
Segundo a Nota Técnica, é recomendável que esses serviços de saúde também elaborem e implemente um plano de contingência para determinar ações estratégicas no enfrentamento desses possíveis casos e investiguem a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados vindos de dentro do próprio serviço de saúde ou não.
As principais medidas preventivas e de controle da infecção por monkeypox (varíola dos macacos em inglês) destacada pela Anvisa são as seguintes:
- 1 – Distância mínima de 1 metro entre os leitos dos pacientes;
- 2 – Isolamento de pacientes infectados até o desaparecimento das “crostas” das lesões;
- 3 – Se possível, a acomodação do caso suspeito ou confirmado deve ser realizada, preferencialmente, em um quarto privativo com porta fechada e bem ventilado (ar condicionado que garanta a exaustão adequada ou janelas abertas);
- 4 – Suspensão de visitas e acompanhantes para diminuir o acesso de pessoas ao infectados;
- 5 – Instalação de barreiras físicas nas áreas de triagem de casos suspeitos;
- 6 – Pacientes que desenvolvam erupção cutânea devem ser isolados ou auto isolados, conforme as orientações do Ministério da Saúde e avaliados como um caso suspeito. A Anvisa também orienta que uma amostra deve ser coletada para análise laboratorial.
Ainda de acordo com a agência sanitária, profissionais de saúde devem sempre usar EPI (equipamento de proteção individual) adequado quando estiverem atendendo pacientes e ao tocar produtos e superfícies que tiveram contato com essas pessoas.
“Sempre que for prestada assistência em distância inferior a 1 metro ou quando se adentrar o quarto do paciente infectado deve-se usar avental, luvas e máscara cirúrgica, além de óculos de proteção ou protetor facial”, orienta a Anvisa.
Como ainda não existem produtos sanitários no mercado específicos para esse tipo de vírus, a Anvisa recomenda também que resíduos hospitalares sejam tratados como de alto risco individual e moderado risco para a comunidade, e que sejam acondicionados em sacos apropriados, da cor vermelha.
Entrada de viajantes
Outras orientações sobre a entrada de viajantes em portos e aeroportos também constam na nota técnica da Anvisa.
Segundo o documento, as atuais medidas sanitárias vigentes por causa da pandemia, como o uso de máscaras, etiqueta respiratória, distanciamento físico e higienização de superfície, podem reduzir o risco de disseminação tanto do SARS-CoV-2 (o vírus causador da Covid-19) como do vírus da varíola dos macacos.
#Fonte: g1/Saúde.
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