Foto: REUTERS/Dado Ruvic /Direitos reservados
O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico, em colaboração com o Instituto Butantan, observaram novas variantes da Ômicron, em amostras coletadas no município de Natal. Com dados relativos ao mês de maio, a diretora do IMT-UFRN, Selma Jerônimo, avalia que as novas sublinhagens indicam ser mais transmissíveis, visto que houve um aumento no número de pessoas com covid-19 nas últimas semanas.
Parte da Rede Genômica, coordenada pelo Instituto Butantan, o estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas Unidades de Saúde da Prefeitura de Natal e pelo IMT-UFRN, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). “O monitoramento das variantes é importante para que possamos entender melhor a biologia do vírus. Dessa forma, poderemos dar suporte a novas vacinas, por exemplo”, explicou a cientista Selma Jerônimo.
Do IMT-UFRN, participaram da análise Francisco Freire, Dayse Cunha e Diego Teixeira. A unidade acadêmica enviou os resultados do estudo à Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte e à Secretaria de Saúde de Natal. Conforme o ofício enviado às gestões estadual e municipal, “fica evidente, diante disso, que estudos contínuos de vigilância genômica são fundamentais para estudo da dispersão de novas linhagens do SARS-CoV-2 no Brasil e em outras localidades no mundo”.
Selma Jerônimo destacou ainda a importância da vacina, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.
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