Era madrugada quando Daniele Santana, de 39 anos, foi acordada pela irmã. “Pegue suas coisas, a água já está na sua casa”, avisava a mulher. Daniele só teve tempo de resgatar os documentos e chamar os filhos, de 10 e 13 anos, antes de ver o teto da casa ser arrancado pela fúria de uma das chuvas que assolam o Recife há uma semana.
“Levantei completamente desnorteada da cama, fui atrás dos meus filhos e peguei os documentos. Esse foi o tempo que tive antes de ver tudo o que demorei uma vida para conquistar ser destruído”, lamenta a mulher, que é moradora do bairro de Iputinga, no Recife.
Não muito longe dali, Adriane Santana, primogênita de Daniele, também testemunhava o poder destruidor da tempestade. Aos 20 anos, a jovem viu sua casa ser levada em meio a uma enxurrada de lama causada por um deslizamento de terra. Assim como a mãe, Adriane só teve tempo de pegar os documentos e a filha, de 1 ano.
“Nós perdemos tudo. Casa, roupas, móveis, familiares. O que sinto agora é tristeza profunda. Dezenas de pessoas morreram nessa tragédia, que não é a primeira. Quantas mortes serão necessárias para que algo seja feito? O que queremos agora é que as promessas feitas em todo ano eleitoral sejam cumpridas”, desabafa Adriane.
#Fonte: Metrópoles
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