INFELIZMENTE! Após 62 anos de Atividades no RN, Armazém Pará Fecha Lojas Físicas

 Créditos: Alex RégisEmpresa estava em processo de recuperação judicial desde 2018

Com 62 anos de atividade, uma das mais tradicionais empresas do ramo de materiais de construção, o Armazém Pará fechou, em definitivo, nesta quarta-feira (21) suas duas lojas físicas em Natal. A confirmação foi feita pelo diretor comercial, Marcantoni Gadelha. “Vamos substituir nossas lojas físicas por outros canais de vendas, entre eles, o e-commerce, onde podemos oferecer um serviço diferenciado, a baixo custo, e vender sem necessariamente ter um estoque físico”, disse o empresário. 

 

Segundo Marcantoni Gadelha, o processo de recuperação judicial, instaurado em 2018, tem afetado a empresa, mas “situações de mercado”, agravadas pela pandemia do novo coronavírus, criaram dificuldades extremas para a manutenção da empresa. “No início da pandemia houve um certo aquecimento de vendas, o setor de materiais de construção foi um dos mais beneficiados, mas nós não conseguimos nos beneficiar por falta de produtos, de certa foram por causa do desabastecido do setor, e a empresa terminou prejudicada. Não era mais prudente continuar com o varejo físico”, explicou Gadelha.

Em comunicado oficial ao mercado, a empresa afirma que “decisão foi tomada de forma estratégica e dentro do processo de reestruturação e redimensionamento da operação do Grupo Armazém Pará, seguindo as diretrizes do seu plano de recuperação apresentado em seu processo de recuperação judicial”. “Ao longo desses 62 anos de atividade, foram altos e baixos. O mercado de materiais de construção cresceu e se pulverizou. Algumas empresas conseguiram aproveitar bem, outras, às vezes, não alcançam respostas. Não seguem o mesmo ritmo por fatores micro e marcoeconômicos alheios à própria vontade da empresa”, explicou. 

A empresa potiguar, com quatro sócios, tinha duas unidades físicas – Avenida Engenheiro Roberto Freire e Avenida Antônio Basílio – que tiveram seu último dia de operação nesta quarta-feira, e comercializada em torno de 22 mil itens de diversos setores e marcas. Grande parte dos estoque das duas lojas, segundo Marcantoni Gadelha, foi comercializado com a empresa Comercial José Lucena (Conjol), que  passará a funcionar no prédio onde  funcionava o Armazém Pará, na Roberto Freire.

Futuro

De acordo com Marcantoni Gadelha em seu novo perfil de negócios a empresa terá vendedores focados no mercado de clientes corporativos e atuará no setor imobiliário, desmobilizando seus ativos, em parceria com outras empresas. “Permanecemos abertos ao mercado para a realização de novos negócios, inclusive para firmar parcerias com empresas do ramo de tecnologia para o desenvolvimento de canais de venda fora do ambiente físico de lojas e também para a cessão da marca para novos projetos”, diz o comunicado da empresa potiguar. 

#Fonte: Tribuna do Norte