Créditos: Adriano AbreuCusto do gás virou um problema social e a aquisição foi transformada em política pública em estados como Ceará e Maranhão
Essencial nas residências, o gás de cozinha pesou ainda mais no bolso
das famílias pobres neste período de pandemia. Desde maio do ano
passado, o preço do botijão subiu cinco vezes mais do que a inflação.
Com o desemprego batendo à porta, o custo do gás virou um problema
social, a ponto de merecer políticas públicas emergenciais dos governos
do Ceará e do Maranhão, mostra reportagem da edição desta sexta-feira,
4, do jornal O Estado de S. Paulo.
"O GLP é o principal energético usado no preparo de alimentos por famílias de baixa renda. É o gás que entra em comunidades do Brasil todo. Algo que sobe mais que a média do salário exige muito esforço das famílias. Num nível de desemprego elevado como o atual, é ainda mais sentido. Ficar sem gás é ficar sem comida", afirmou André Braz, coordenador adjunto do Índice de Preço ao Consumidor do Ibre/FGV.
O economista acredita que o encarecimento do produto vai aparecer na próxima Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. A última, realizada em 2018, registrou que a média dos brasileiros gasta 1% do orçamento com o gás de cozinha. O aluguel pesa 3,6%, e o gás natural, 0,12%.
A alta do produto prejudica também os negócios de Marcos Magalhães, responsável por um buffet carioca. "O gás aumenta, a gente tem que repassar o valor para os clientes, só que não pode repassar na íntegra, porque, infelizmente, os clientes não têm aumento. Ninguém está tendo aumento no País. É complicado", disse.
Questionada, a Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, respondeu que não há previsão de reajustes de preços de GLP com frequência mínima mensal: "Reiteramos que os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e de análise do ambiente externo. Isso possibilita à companhia competir de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato, para os preços internos, da volatilidade externa causada por questões conjunturais".
Ainda assim, o preço final do GLP permanece no patamar mais elevado da série histórica divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em março, último dado divulgado pela reguladora, o produto custava R$ 83,17, na média do País. Como a Petrobras reajustou mais uma vez em abril, é possível que a estatística mais recente ainda revele novo recorde.
#Fonte: Tribuna do Norte
Aumento de Gás, dado Pelo Governo Bolsonaro, Complica o Orçamento das Famílias
Reviewed by Canguaretama De Fato
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