RN: FALTA BOM SENSO! SEM ACORDO ENTRE A GOVERNADORA FÁTIMA BEZERRA E O PREFEITO DE NATAL ÁLVARO DIAS, DESEMBARGADOR CRITICA: ‘A SOCIEDADE ESTÁ PERDIDA’
Foto: Reprodução.
A audiência de conciliação entre o Estado e o Município de Natal terminou sem acordo entre a governadora Fátima Bezerra e o prefeito Álvaro Dias. Em mais de três horas de debate, a única proposta apresentada foi a que atrasa o toque de recolher das 20h para as 21h com término às 6 horas. A medida foi sugerida pelo prefeito da capital, mas não foi aceita pela governadora.
Sem acerto, o desembargador Dilermando Mota, que mediou o encontro, criticou o término inconclusivo da audiência. Em suas considerações finais, ele foi duro. “Lamento não termos caminhado mais. Embora sem consenso, a sociedade ganhou. Estamos aqui em nome dela. A sociedade está perdida, está confusa. Além de lutar contra o vírus, está sem saber o que fazer, pois não temos um decreto único e corre o risco de sofrer sanções, seja por excesso ou por omissão”, pontuou.
A crítica não parou: “Qual decreto prevalece? Aí vamos para os tribunais. E enquanto as diversas esferas jurídicas estão discutindo, as pessoas estão morrendo”. Ainda segundo o desembargador, a falta de acerto entre o governo e a prefeitura é preocupante, pois deixa a sociedade “sem esclarecimento que traria segurança jurídica, que daria um norte de como se comportar para além de se livrar da covid-19”.
No posicionamento final, o prefeito Álvaro Dias se opôs à postura adotada pelo governo do Estado. “Essa postura de intransigência do governo preocupa e não nos ajuda em nada. Isso é lamentável, pois esperava que cada um dos lados se colocasse disponível para mudanças. Isso vai penalizar os trabalhadores, que não vão receber seus salários se não puderem trabalhar. Uma hora a mais não altera o ritmo da pandemia”, destacou.
Dias também acrescentou que receia que a falta de trabalho possa contribuir para o surgimento de uma outra pandemia. “Temos dados que nossa pandemia é bem melhor que nesse mesmo período do ano passado. Nosso trabalho é incansável. Estamos abrindo leitos no Hospital Municipal e temos nosso Hospital de Campanha funcionando. Infelizmente estamos esbarrando nessa questão da inflexibilidade de postura do governo. Temo o surgimento da pandemia da falta de emprego se essas pessoas não puderem trabalhar”, finalizou.
Já a governadora Fátima Bezerra reforçou que prefere esperar o fim do atual decreto para discutir novas ações com os poderes, prefeituras, sociedade e entidades do comércio. “Nossa posição é para que mantenhamos a vigência do decreto até o dia 17 e continuemos esse diálogo após isso. O governo tem compreensão clara de que nós vivemos o pior momento da pandemia no RN. A transmissibilidade do vírus se tornou muto mais perigosa e mais destruidora. A mortalidade tem avançado e atingido a nossa juventude”, argumentou.
Nesta quarta-feira (10), o Rio Grande do Norte superou a marca de 177 mil casos confirmados e de 3,7 mil mortes por causa da doença.
#Fonte: Portal da Tropical
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