Segundo o coordenador-geral do Sinte,
Bruno Vital, as escolas públicas não estão preparadas para receber
estudantes nem profissionais. “Somos contrários [ao retorno das aulas] e
faremos greve se abrirem as públicas”,
disse ele Ainda de acordo com
Bruno, a entidade sindical vai se reunir nos próximos dias com os
representantes do governo do Estado para discutir o assunto.
O anúncio liberando aulas presenciais nas escolas públicas e privadas a partir do dia 5 de outubro foi feito pelo secretário estadual de Educação, Getúlio Marques, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira 3. De acordo com ele, as atividades serão permitidas desde que as instituições sigam protocolos de saúde e os municípios estejam com uma situação epidemiológica para a Covid-19 controlada.
No entanto, uma das justificativas para o Sinte ir de encontro ao projeto estadual é a insegurança sanitária no ambiente físico das escolas da rede pública estadual. “Não há segurança. A escola é um espaço de alto contágio, Manaus está demonstrando isso”, citou ele, abordando o caso da capital do Estado do Amazonas.
Desde que as aulas foram retomadas pela rede pública amazonense, há pouco mais de 20 dias, mais de 300 professores já foram infectados pela Covid-19. Por conta disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas solicitou ao governo do Estado a suspensão das aulas. Não houve uma decisão sobre o assunto até o momento.No caso do Rio do Grande do Norte, de acordo com levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado, um terço das escolas da rede pública não se preparou para a retomada das aulas durante a pandemia do novo coronavírus. O órgão recomendou aos gestores públicos – Estado e municípios – a elaboração de protocolos para quando houver o retorno às atividades presenciais, incluindo a realização de avaliação diagnóstica dos alunos e a adoção de medidas sanitárias e de higiene.
Os conselheiros também solicitaram ações para o cumprimento das 800 horas letivas obrigatórias, bem como sejam adotadas estratégias para oferecer aulas e conteúdos pedagógicos, on-line e off-line, durante o período de suspensão das atividades presenciais, a todos os alunos.
Além do problema da segurança biossanitária na estrutura física das escolas potiguares, a volta às aulas presenciais no Rio Grande do Norte representa potencial risco para 212 mil potiguares, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O grupo é formado por idosos e os adultos com problemas crônicos de saúde que convivem diariamente com crianças e adolescentes em idade escolar (4 aos 17 anos).
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