Foto: Pablo Jacob
Quando comandava o combate à Covid-19 no país, Luiz Henrique Mandetta trabalhava com três projeções. A mais pessimista era de 180 mil mortes, e a mais otimista, de 30 mil. O número que se imaginava atingir era de 80 mil mortes.
O ex-ministro diz agora temer que o Brasil, hoje com 139 mil óbitos, concretize o pior cenário. “Até o surgimento da vacina é capaz de chegarmos aos 180 mil”, disse ao GLOBO. Mandetta lança o livro de memórias “Um paciente chamado Brasil”(Ed. Objetiva), em que conta bastidores do combate à pandemia e do processo de fritura pelo qual passou no cargo por insistir em pregar distanciamento social contra o vírus e se recusar a liberar a cloroquina sem evidência de eficácia.
Estamos enfrentando a pandemia sem liderança. Não tem uma voz que dê os critérios técnicos. Como não temos guidelines, há personagens: um manda abrir, outro manda fechar…
Agora, aglomerou? Duas semanas depois você tem aumento de casos. Foi assim no feriadão de São Paulo duas semanas atrás. São Paulo já aumentou o número de casos. Todo mundo desceu para a praia, (houve um) aumento de 40% no fluxo de pessoas para o litoral. Aglomerou? Colhe o preço.
#Fonte: O Globo
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