Imagem: José Cruz/Agência Brasil
Medidas são temporárias, em troca da manutenção do emprego.
Além
de permitir o adiamento do pagamento de tributos e contribuições, o
governo quer permitir que as empresas afetadas pela crise do coronavírus
cortem temporariamente metade da jornada e dos salários dos
trabalhadores. Nos próximos dias, uma medida provisória (MP) deve ser
editada para flexibilizar normas trabalhistas durante o estado de
calamidade pública.
Segundo o Ministério da Economia, a medida é
importante para evitar demissões e a perda de empregos provocada pela
queda da atividade econômica. A negociação será individual.
“É
preciso oferecer instrumentos para empresas e empregados superem esse
período de turbulência. O interesse de ambos é preservação de emprego e
renda”, disse o secretário de Trabalho da pasta, Bruno Dalcolmo.
O
salário-hora do trabalhador não pode ser reduzido, de forma que a
diminuição da jornada seja proporcional à redução do salário. As
empresas também deverão continuar a pagar pelo menos o salário mínimo.
“Não
é algo simples, mas a ideia é preservar o emprego. Muito mais grave,
diante de uma crise dessa, é a pessoa perder o emprego e sobreviver sem
salário”, justificou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco. Segundo ele, a ideia é que o trabalhador tenha uma renda de subsistência durante o estado de calamidade.
Férias e feriados
A
medida provisória também prevê a simplificação de diversos itens, como o
trabalho remoto, a antecipação de férias individuais e de feriados não
religiosos e a decretação de férias coletivas (tanto num setor como em
toda a empresa). O trabalhador com horas a mais trabalhadas poderá usar o
banco de horas para tirar folgas, em troca da reposição depois do fim
da calamidade pública, limitada a duas horas por dia.
Em
entrevista coletiva para detalhar as novas medidas para a preservação
dos empregos, a equipe econômica informou que cogitava em incluir, na
medida provisória, um dispositivo que permitia a suspensão do contrato
de trabalho, nos moldes de alguns países europeus. Nesse caso, o
trabalhador não teria o salário reduzido a zero, mas receberia uma parte
da remuneração, conforme explicou Dalcomo.
Na segunda-feira (16), o ministro da Economia, Paulo Guedes,
tinha anunciado uma série de medidas para ajudar empresas afetadas pela
crise do coronavírus. As ações incluíam o adiamento, por três meses do
pagamento das contribuições do patrão ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS), dos tributos relativos ao Simples Nacional e a redução,
pelo mesmo período, das contribuições para o Sistema S. O governo também
destinou uma linha de crédito de R$ 5 bilhões do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
#Fonte:Agência Brasil – Brasília
CORONAVÍRUS: EMPRESAS PODERÃO CORTAR JORNADAS E SALÁRIOS PELA METADE
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
19.3.20
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