Créditos: Alex RegisAçude Gargalheiras, em Acari, Seridó, vem recebendo água com as últimas chuvas
A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) acumulou um prejuízo financeiro de R$ 2,1 milhões durante o segundo semestre de 2019 por causa da seca. O prejuízo acontece porque diversas cidades do Estado tiveram o abastecimento d'água interrompido por conta do colapso dos mananciais. Nesses casos, a Caern suspende a cobrança de tarifa e passa a realizar o abastecimento através de carros pipa, com apoio de outros órgãos governamentais.
O prejuízo está exposto no decreto de situação de emergência por causa da seca publicado pelo Governo do Rio Grande do Norte no último sábado (7). Ao todo, 132 municípios, três a menos do que no último decreto, publicado em setembro do ano passado. O número corresponde a 79% dos municípios do Estado. Este é o 18º decreto seguido, devido aos sete anos de estiagem severa. Apesar do volume de chuvas regulares no Estado, o governo ainda considera insuficiente para garantir a segurança hídrica.
O prejuízo da Caern é menor do que o observado no primeiro semestre de 2019, de R$ 2,9 milhões. Isso reflete uma melhora dos níveis hídricos do Estado. Entre 2018 e 2019, a recuperação hídrica foi de 30% e 35% da capacidade de armazenamento, ainda segundo o decreto. Atualmente, 78 cidades ainda estão em rodízio no Rio Grande do Norte e três seguem em colapso.
O documento destaca a situação da região do Alto Oeste, Seridó e Trairi, onde ainda se observam municípios em situação de colapso hídrico, como Paraná, Rafael Fernandes e São Miguel. A situação dos reservatórios no segundo semestre de 2019 também é levada em conta, destacando-se o nível hídrico de Santana, Pau dos Ferros, Pilões, Zangarelhas, Itans, Esguicho, Gargalheiras, Inharé, Trairi, Santa Cruz do Trairi e Japi II.
Com exceção do Gargalheiras (Acari) e Santa Cruz do Trairi (Santa Cruz), todos reservatórios citados acima não foram abastecidos pelos rios e chuvas e estão praticamente secos. O Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) realizou a medição do Gargalheiras e Santa Cruz do Trairi nesta segunda-feira (9) e registrou 13,96% e 12,6% de água, respectivamente.
Entre os 132 municípios incluídos no decreto do último sábado está cidades que estão com um nível hídrico mais seguro, como Currais Novos. O açude Dourado, que abastece a cidade, encheu na última semana. A inclusão, no entanto, decorre devido ao prejuízo acumulado nos anos de seca. Segundo o secretário estadual de agricultura, pecuária e pesca, Guilherme Saldanha, a região de Currais Novos (Seridó) foi a que mais sofreu com os sete anos de seca ao lado do Alto Oeste por conta do prejuízo no setor agropecuário.
Em Currais Novos, por exemplo, o número de estabelecimentos agropecuários passou de 53 mil em 2006 para 36 mil em 2017, segundo o Censo Agropecuário do IBGE. O efetivo do rebanho bovino caiu de 12,3 mil para 7,6 mil no mesmo período.
O decreto de emergência auxilia o Estado a obter recursos junto ao governo federal para ações emergenciais contra a seca. As operações mais conhecidas são a Carro-Pipa, feita pelo Exército nas áreas rurais dos municípios, e Vertente, do Governo do Estado. A Vertente também abastece as cidades através dos carros-pipa, mas somente nas áreas urbanas.
#Fonte: Tribuna do Norte
O prejuízo está exposto no decreto de situação de emergência por causa da seca publicado pelo Governo do Rio Grande do Norte no último sábado (7). Ao todo, 132 municípios, três a menos do que no último decreto, publicado em setembro do ano passado. O número corresponde a 79% dos municípios do Estado. Este é o 18º decreto seguido, devido aos sete anos de estiagem severa. Apesar do volume de chuvas regulares no Estado, o governo ainda considera insuficiente para garantir a segurança hídrica.
O prejuízo da Caern é menor do que o observado no primeiro semestre de 2019, de R$ 2,9 milhões. Isso reflete uma melhora dos níveis hídricos do Estado. Entre 2018 e 2019, a recuperação hídrica foi de 30% e 35% da capacidade de armazenamento, ainda segundo o decreto. Atualmente, 78 cidades ainda estão em rodízio no Rio Grande do Norte e três seguem em colapso.
O documento destaca a situação da região do Alto Oeste, Seridó e Trairi, onde ainda se observam municípios em situação de colapso hídrico, como Paraná, Rafael Fernandes e São Miguel. A situação dos reservatórios no segundo semestre de 2019 também é levada em conta, destacando-se o nível hídrico de Santana, Pau dos Ferros, Pilões, Zangarelhas, Itans, Esguicho, Gargalheiras, Inharé, Trairi, Santa Cruz do Trairi e Japi II.
Com exceção do Gargalheiras (Acari) e Santa Cruz do Trairi (Santa Cruz), todos reservatórios citados acima não foram abastecidos pelos rios e chuvas e estão praticamente secos. O Instituto de Gestão de Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) realizou a medição do Gargalheiras e Santa Cruz do Trairi nesta segunda-feira (9) e registrou 13,96% e 12,6% de água, respectivamente.
Entre os 132 municípios incluídos no decreto do último sábado está cidades que estão com um nível hídrico mais seguro, como Currais Novos. O açude Dourado, que abastece a cidade, encheu na última semana. A inclusão, no entanto, decorre devido ao prejuízo acumulado nos anos de seca. Segundo o secretário estadual de agricultura, pecuária e pesca, Guilherme Saldanha, a região de Currais Novos (Seridó) foi a que mais sofreu com os sete anos de seca ao lado do Alto Oeste por conta do prejuízo no setor agropecuário.
Em Currais Novos, por exemplo, o número de estabelecimentos agropecuários passou de 53 mil em 2006 para 36 mil em 2017, segundo o Censo Agropecuário do IBGE. O efetivo do rebanho bovino caiu de 12,3 mil para 7,6 mil no mesmo período.
O decreto de emergência auxilia o Estado a obter recursos junto ao governo federal para ações emergenciais contra a seca. As operações mais conhecidas são a Carro-Pipa, feita pelo Exército nas áreas rurais dos municípios, e Vertente, do Governo do Estado. A Vertente também abastece as cidades através dos carros-pipa, mas somente nas áreas urbanas.
#Fonte: Tribuna do Norte
CAERN Tem Prejuízo de R$ 2,1 Milhões Devido à Seca
Reviewed by Canguaretama De Fato
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10.3.20
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