O Ministério Público do Rio abriu um novo inquérito para apurar a existência de “funcionários fantasmas” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (atualmente senador), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O novo inquérito foi aberto em 23 de setembro, mas apenas nesta sexta-feira, 22 de novembro, o MPRJ confirmou a instauração do procedimento.
Uma outra
investigação em curso no MPRJ, mais antiga, apura a prática conhecida
como “rachadinha”, que consiste na devolução de salários por
funcionários do gabinete, e foi aberta com base em relatórios do antigo
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de
Inteligência Financeira (UIF).
“Assim, o presente inquérito que
trata a eventual contratação de funcionários fantasmas não tem qualquer
relação com o outro inquérito em tramitação na Promotoria, que apura a
eventual prática de “rachadinha” e foi instaurado a partir de
comunicações encaminhadas pelo antigo Coaf, atual UIF”, esclareceu o MP
em nota. “Logo, o presente inquérito tem objeto diferente e
independente, não tendo como origem qualquer relatório financeiro de
inteligência.”
A informação sobre o novo inquérito veio à tona em
meio a uma votação no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda em curso que
poderia invalidar o uso de dados do Coaf em investigações sem
autorização judicial prévia.
A nota oficial do MPRJ sustenta que
foi instaurado inquérito civil “para apurar eventual improbidade
administrativa decorrente do emprego de ‘assessores fantasmas’, isto é,
pessoas investidas em cargo em comissão junto ao gabinete do então
deputado estadual Flávio Bolsonaro que não teriam exercido funções inerentes à atividade parlamentar”.
E
reafirmou: “O objeto da portaria de instauração não visa apurar a
devolução de salários por funcionários, prática conhecida como
‘rachadinha’.”
O MPRJ informou ainda que já foram iniciadas
diligências referentes ao novo inquérito, como a expedição de ofícios
para a Alerj com a requisição de informações.
“Tanto o presente
inquérito sobre eventuais assessores fantasmas empregados quanto o
inquérito acerca de possível prática de ‘rachadinha’ tramitam sob
sigilo, razão pela qual não é possível fornecer mais informações”,
ressalvou.
Nota do advogado de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, sustenta que “todas as pessoas que foram nomeadas, na época, eram qualificadas para as funções que exerciam”.
A
nota oficial esclarece ainda que “a nomeação dessas pessoas ocorreu de
forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj). A execução do trabalho delas também ocorreu
de acordo com as normas. Os cargos comissionados da Alerj são de duas
naturezas: técnica (com o profissional no gabinete) e de natureza
política (com o profissional na base eleitoral). A confecção e o uso de
crachá não eram obrigatórios, já que o funcionário pode atuar apenas na
base, sem a necessidade de ir para a Alerj. Ao final de todo o processo
ficará comprovado que não houve qualquer ilegalidade”
#Fonte: MSN/EXAME.com
EM NOVO INQUÉRITO, MINISTÉRIO PÚBLICO APURA “FUNCIONÁRIOS FANTASMAS” DO FILHO BOLSONARO
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
23.11.19
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