Praia de Galinhos, no RN, é a nova descoberta do verão, destaca reportagem da Folha de SP

Foto: Reprodução/Youtube
Nem Pipa nem São Miguel do Gostoso. Na próxima temporada, um areal rodeado por dunas, com piscinas naturais desertas e que atende pelo nome de Galinhos é o lugar para quem quer distância de badalação e procura refúgio em praias do Rio Grande do Norte. Colado a ele está o seu distrito vizinho, Galos.

Não é tarefa das mais fáceis chegar a esse pedaço da costa pouco explorado pelo turismo de massa, localizado a cerca de 170 km da capital, Natal.

Isolado por dunas e água salgada, Galinhos fica na ponta de uma península, braço de terra que avança sobre o mar, ocupando área de 342 km².

A pequenina cidade é acessível por barco, bugueiros aventureiros ou até por automóveis tração 4×4, conduzidos por quem conhece a região e, mesmo assim, corre o risco de ficar atolado na areia fofa.

O jeito mais rápido e, digamos, cômodo de alcançar aquelas terras é sair de Natal ou São Miguel do Gostoso por estrada de asfalto, a BR-406.

A viagem, de aproximadamente duas horas, corta a vegetação da caatinga, cruza cidadezinhas perdidas no tempo e passa no meio de salinas.

O ponto final é o estacionamento do porto de Pratagil, mantido pela prefeitura, gratuito e com segurança 24h. De lá, é só tomar um dos barcos que fazem a travessia para desembarcar no destino final em um trajeto de 15 minutos.

Outra opção, recomendada para os mais aventureiros, é seguir de bugue de São Miguel de Gostoso até Galinhos, percorrendo 80 km, passando por praias desertas do litoral norte potiguar.

Qualquer que seja a escolha, o esforço justifica-se caso você procure por ambientes tranquilos, nos quais a natureza opera soberana.

Galinhos tem praias tranquilas de águas mornas e transparentes. É um lugar rústico. Suas poucas ruas são calçadas de paralelepípedos. A maioria segue de areia, onde circulam bugues ou burros-táxi, charretes puxadas pelos bichinhos —o passeio até o farol leva meia hora e custa R$ 30.

Erguida em 1931, a construção orienta navegações na região. É também um ponto para ver o pôr do sol, na praia do Farol. Esse trecho é o mais seco da costa brasileira: as raras chuvas concentram-se entre março e abril.

Cercado por uma atmosfera bucólica e acolhedora, Galinhos e seu distrito vizinho, Galos, têm menos de 3.000 moradores. Os dois destinos caíram no gosto de estrangeiros, sobretudo franceses, que fogem do agito de Natal e Pipa, à procura de praia intocada.

As duas localidades fazem parte da Costa Branca, roteiro marcado pela vegetação da caatinga, dunas multicoloridas, falésias, extensas praias desertas e uma das maiores produções de sal do Brasil.

O nome do município está associado a antigas histórias de pescaria. Antigamente, ali havia o peixe-galo, mas uma espécie um pouco menor, conhecida como “galinhos”. Na praia ao lado, a 3 km na direção leste, a pescaria era outra, mais graúda: a de peixes-galo do alto, esses, bem maiores. Assim, as praias foram batizadas por moradores, respectivamente, de Galinhos e Galos.
Quem dita a pauta da estadia é a natureza. Lagoas se transformam em piscinas naturais. Ao sabor da maré, praias isoladas surgem. Horas depois, desaparecem. Montanhas de sal embranquecem o horizonte.

Praia de Galinhos, no RN, é a nova descoberta do verão, destaca reportagem da Folha de SP Praia de Galinhos, no RN, é a nova descoberta do verão, destaca reportagem da Folha de SP Reviewed by Canguaretama De Fato on 24.10.19 Rating: 5

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