BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil recuou para a 124ª
posição no ranking do Doing Business do Banco Mundial, depois de ter
ocupado o 109º lugar na lista do ano passado, apesar de ter registrado
uma ligeira melhora em sua nota geral, conforme relatório divulgado pelo
Banco Mundial.
No Fórum Econômico Mundial deste ano, em Davos, o presidente Jair
Bolsonaro afirmou ter como meta levar o país para o grupo dos 50
primeiros colocados até o fim de 2022.
“O resultado não foi nada bom para o Brasil. Uma queda para 124º é
algo para se lamentar e trabalhar para reverter, como temos feito deste o
início do ano”, afirmou o secretário especial de Produtividade, Emprego
e Competitividade, Carlos da Costa, nesta quinta-feira.
Ele lembrou, contudo, que os dados para confecção da lista foram
coletados entre fevereiro e março, não captando algumas ações positivas
já implementadas.
“A diminuição da taxa básica de juros a um nível recorde, a retomada
da geração de empregos, a lei da liberdade econômica, a aprovação do
cadastro positivo e a aprovação da reforma da Previdência são alguns
exemplos de que o Brasil muda de rumo”, afirmou a secretaria comandada
por Costa, em nota à imprensa.
O ranking analisa a facilidade de fazer negócios em 190 economias,
com notas mais altas indicando que as regulações do ambiente de negócios
são mais propícias ao empreendedorismo. No geral, a nota brasileira foi
calculada em 59,1, sobre 58,6 no ranking anterior.
Em relação ao ano passado, houve mudança de metodologia no indicador
de proteção de interesse dos minoritários, o que reduziu a nota do
Brasil. Segundo Costa, o Brasil teria ficado em 120º lugar em 2018 por
esse critério.
“A gente estava pior do que imaginava no ano passado, o que só retrata a urgência de melhorarmos o ambiente de negócios”, disse.
Ele lembrou que o Brasil nunca esteve entre os 99 melhores colocados e
que entrar no grupo dos dois dígitos será um primeiro passo para o
país, antes da almejada meta de chegar ao time dos 50 primeiros no
mandato de Bolsonaro.
“É uma meta ambiciosa chegar nos dois dígitos no ano que vem. Estamos
trabalhando por isso, (mas) não temos meta formal para ano que vem”,
afirmou Costa, frisando ainda que a reforma tributária será muito
importante para o Brasil galgar posições.
Questionado especificamente sobre quando o governo enviaria sua
proposta tributária ao Congresso, ele respondeu que isso ocorreria “em
breve”, mas que não teria legitimidade para precisar se isso aconteceria
ainda neste ano pelo fato de não responder pela secretaria especial de
Receita Federal.
Em relação à nota deste ano, a alta de 0,5 ponto percentual do Brasil
foi puxada pelas melhorias observadas em campos como registro de
propriedades e aval para início de um negócio.
O primeiro lugar do Doing Business foi ocupado pela Nova Zelândia,
seguida por Cingapura e Hong Kong. O Brasil ficou bem atrás de países
como China (31º colocado), Turquia (33º), Chile (59º) e México (60º).
Por outro lado, ficou à frente de vizinhos como Argentina (126º) e
Venezuela (188º).
#Fonte: Brasil 247
Brasil Desaba em Ranking de Confiança do Banco Mundial Após Quase um Ano de Bolsonaro
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
24.10.19
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