Pela primeira vez no Rio Grande do Norte, o projeto tem o objetivo de
garantir o cumprimento da lei com o auxílio de pessoas que estejam
dispostas a colaborar afetivamente, financeiramente ou profissionalmente
com esses jovens.
O projeto consiste na atuação de voluntários no
atendimento a essas crianças, arcando com custos, levando para
atividades familiares e de lazer, ou até mesmo ensinando uma profissão.
Inicialmente, Natal e Parnamirim receberão a iniciativa, que conta com a
participação também do Projeto Acalanto, ONG que vai operacionalizar o
contato de padrinhos e apadrinhados.
De acordo com o presidente da Acalanto, Pedro Bruno Fernandes, 116
pessoas já demonstraram interesse para se candidatar a padrinhos. A
iniciativa tem como principal objetivo garantir os direitos dessas
crianças que estão recolhidas em abrigos, principalmente as que não
estão disponíveis para adoção ou que estão em idade ou condição que
dificulta o surgimento de um candidato a levar a criança definitivamente
para sua família.
“A questão é quando elas (crianças e adolescentes)
chegam a uma idade avançada, ou estão em grupo de irmãos ou com problema
de saúde, diminuem as chances de inserimento em um ambiente familiar.
Há algumas que já passaram por processo de adoção, mas foram devolvidas.
A cada devolução, se dificulta uma nova adoção. Por mais bacanas que
sejam os serviços de acolhimento, muitas vezes falta uma noção de como é
uma família”, explicou.
Para essa contribuição e garantia dos direitos, o Ministério Público é
parceiro na iniciativa. O órgão tem o dever de fiscalizar e combater
situações em que os jovens são colocados em risco, seja por exploração,
abusos familiares ou falta de capacidade dos pais em ter a guarda dessas
crianças e adolescentes. É um trabalho constante, que vai desde a
identificação do problema até a solução definitiva do caso – que nem
sempre termina com o retorno dos jovens à família de origem.
Segundo a promotora da Infância e Juventude Mariana Rebello, mesmo
após o acolhimento institucional de crianças e adolescentes, há o
trabalho do Ministério Público no sentido de garantir que os jovens
saiam de situações de risco, preferencialmente devolvendo-os às suas
famílias. Para isso, é realizado um acompanhamento das condições de
retorno ao convívio nesse grupo familiar.
“Há casos de jovens que já foram acolhidos mais de uma vez. Por
exemplo, um que foi acolhido por estar sendo levado para pedir dinheiro
em semáforos. Buscamos a mãe, orientamos, mostramos que ela se
enquadraria em programas sociais, falamos sobre a lei e, 15 dias depois,
após a criança voltar para a família, ela estava de volta no sinal.
Precisou ser recolhida novamente. Ela não está disponível para adoção,
mas precisa e tem direito ao convívio familiar, o apoio. Por isso que o
apadrinhamento vai ser importante para esse jovem e para outros tantos
que estão em situação semelhante”, explicou a promotora.
#Fonte: Tribuna do Norte
RN: Crianças Acolhidas em Abrigos Ganharão Padrinhos
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
29.9.19
Rating:
Nenhum comentário:
OS COMENTÁRIOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
REGRAS PARA FAZER COMENTÁRIOS:
Se registrar e ser membro do Blog; Se identificar (não ser anônimo); Respeitar o outro; Não Conter insultos, agressões, ofensas e baixarias; A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica; Buscar através do seu comentário, contribuir para o desenvolvimento.