As notícias sobre as manchas de óleo na areia não afastaram os
banhistas. Nas praias de Santa Rita e Genipabu, no Rio Grande do Norte,
famílias caminhavam e banhavam-se no mar mesmo com o aspecto escuro da
areia e pequenas manchas de óleo em determinados pontos. O mesmo
acontecia em Maragogi, litoral norte de Alagoas, onde banhistas também
se depararam com manchas na areia com aspecto de piche.
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Empresários do ramo do turismo do Nordeste classificam as manchas de
óleo como pontuais e afirmam que não há impacto na atração de visitantes
para a região.
“O óleo apareceu em algumas praias, mas logo houve um mutirão para
limpeza das áreas atingidas. A situação foi contornada rapidamente”,
afirma José Odécio, presidente da ABIH (Associação Brasileira da
Indústria de Hotéis) no Rio Grande do Norte.
Dermatologistas afirmam, porém, que o contato de banhistas e pescadores com o óleo pode causar irritações na pele e alergias.
De acordo com Alessandra Romiti, coordenadora do Departamento de
Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, deve-se tomar
cuidado com os olhos, boca e nariz. Em caso de contato com o material,
ela orienta procurar um dermatologista para o tratamento, que varia do
uso de pomadas e sabonetes específicos à prescrição de remédios de
ingestão oral.
Além disso, o Ibama, em nota, acrescenta que o petróleo cru “pode conter compostos considerados cancerígenos”.
Desde o dia 2 de setembro, praias do litoral do Nordeste brasileiro
registraram manchas de óleo nas praias e também em animais. Até o
momento pelo menos 109 locais de 50 municípios em oito estados foram
afetados. Em quatro estados, foram encontradas mortas seis tartarugas
marinhas e uma ave. Outras três tartarugas foram resgatadas com vida.
O óleo, segundo análise molecular feita pela Petrobras a pedido do
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), sugere que o material encontrado no Nordeste é petróleo e
que sua origem não é brasileira.
Uma das hipóteses analisadas por pesquisadores do CPRH (Agência
Estadual de Meio Ambiente) e da UEPE (Universidade Estadual de
Pernambuco), que estão apurando o caso em conjunto, é que um navio tenha
descartado o material de forma irregular.
Os pesquisadores estão analisando, além do material recolhido, uma
imagem de satélite que registrou no início de setembro um suposto navio
na costa pernambucana. Isso porque, segundo o grupo, a imagem mostra um
ponto em alto mar com uma mancha ao lado.
#Fonte: Folhapress
Manchas de Óleo em Praias do Nordeste Não Afastam Turistas
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
28.9.19
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