O
Ministério da Saúde pretende atacar o problema da crescente obesidade
no Brasil, principalmente a obesidade infantil, com muita informação
sobre a alimentação saudável, mais atividade física dentro do Sistema
Único de Saúde (SUS) e incentivo à rotulagem informativa, disse o
ministro Henrique Mandetta.
O
ministro tratou do assunto com representantes do Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec), da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome
Metabólica (Abeso), durante reunião em Brasília, nessa quinta-feira (5).
A
Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgada no fim
de julho pelo do Ministério da Saúde, registrou crescimento considerável
de excesso de peso entre a população brasileira.
Segundo
o levantamento, no Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem
excesso de peso. Um aumento de 30,8% quando comparado com percentual de
42,6% no ano de 2006. O aumento da prevalência foi maior entre as faixas
etárias de 18 a 24 anos, com 55,7%. Quando verificado o sexo, os homens
apresentam crescimento de 21,7% e as mulheres 40%.
Mandetta
ressaltou que o combate à obesidade é uma aposta do Ministério da Saúde
e considera essencial o apoio das sociedades médicas. “Nós vamos atacar
a obesidade com muita informação sobre alimentação saudável, atividade
física e rotulagem informativa. Tem que ser um desafio geracional e uma
política sustentável ao longo do tempo, assim como foi com o tabaco. O
apoio das entidades médicas é essencial”, disse.
“Compartilhamos
com ele o fato que isso é uma informação que tem que entrar na Atenção
Primária. Programa de Família, é lá que a gente tem que começar a como
tratar alguém para que não tenha excesso de peso na vida. Obesidade é
uma doença crônica, não é transmissível, ela não tem cura, tem
controle”, acrescentou o presidente da Abeso, Mário Carra.
Guia Alimentar
O
Guia Alimentar para a População Brasileira é uma importante ferramenta
para incentivar a alimentação saudável. A publicação é o principal
orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela
população, baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou
minimamente processados. As informações também são úteis para a
prevenção e controle de doenças específicas, como a obesidade, a
hipertensão e o diabetes.
Reduzir o açúcar
Para incentivar a alimentação adequada e saudável, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir 144 mil toneladas de açúcar de bolos, misturas para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados. O acordo segue o mesmo parâmetro do feito para a redução do sódio, que foi capaz de retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.
AÇÕES CONTRA A OBESIDADE INCLUEM ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E EDUCAÇÃO FÍSICA
Reviewed by Canguaretama De Fato
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6.9.19
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