O ministro Edson Fachin , relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal
Federal ( STF ), atendeu nesta sexta-feira a um pedido da defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e retirou um recurso dele do
plenário virtual – um sistema de julgamentos da Corte que não necessita
do encontro físico entre os ministros. O julgamento virtual estava
marcado para acontecer do dia 13 ao 19 de setembro. Agora, ocorrerá no
plenário físico da Segunda Turma, em data a ser agendada pelo presidente
do colegiado, o ministro Ricardo Lewandowski.
O recurso questiona a ordem de alegações finais em uma ação penal que
apura se a Odebrecht comprou um terreno para o Instituto Lula. Na
semana passada, a Segunda Turma do STF anulou a condenação imposta ao
ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine por um detalhe processual. O
então juiz Sérgio Moro havia aberto prazo conjunto para todos os réus se
manifestarem. No entendimento da Segunda Turma, primeiro teriam que
apresentar alegações os réus delatores e, em seguida, os réus delatados.
Nesse processo, Fachin já determinou que sejam reapresentadas as
alegações finais, de acordo com o novo entendimento. A decisão não
implicou na libertação de Lula, porque a ação ainda não foi julgada – e,
portanto, não há sentença a ser anulada. Ainda assim, a defesa pediu
para o assunto ser discutido na sessão presencial, porque os advogados
poderão fazer sustentação oral.
Pode ser a primeira vez que o ministro Celso de Mello vota sobre a
tese. Quando foi julgado o recurso de Bendine, o ministro estava de
licença médica. A votação terminou em três votos a um. Celso de Mello
seria o quinto voto. Apesar de não ter potencial para reverter o placar,
a defesa tem esperança de convencer o decano, para somar mais um voto
quando o assunto for julgado em plenário, com a presença dos onze
integrantes do STF.
#Fonte: O Globo
A pedido da defesa, julgamento de recurso de Lula não será mais no plenário virtual do STF
Reviewed by Canguaretama De Fato
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7.9.19
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