Um dos principais jornais do mundo, o The New
York Times afirma que "as mensagens vazadas mostram que Moro
frequentemente ultrapassou seu papel de juiz - alguém que deveria ser
imparcial e livre de preconceitos - para atuar como consigliere da
acusação". "Os vazamentos revelam um juiz imoral, que se uniu a
promotores eleitorais, a fim de prender e condenar indivíduos que já
consideravam culpados", critica.
"Ele ofereceu conselhos estratégicos aos promotores: eles deveriam,
por exemplo, inverter a ordem das várias fases da investigação; pense
novamente sobre uma moção específica que eles estavam planejando
arquivar; acelerar certos processos; desacelerar muitos outros. Moro
passou informações sobre uma possível nova fonte para a promotoria;
repreenderam os promotores quando demoraram demais para realizar novos
ataques; endossou ou desaprovou suas táticas; e forneceu-lhes
conhecimento antecipado de suas decisões", destaca a reportagem.
O jornal continua, afirmando que "Moro se envolveu em questões de
cobertura da imprensa e se preocupou em obter apoio do público para a
acusação". "'O que você acha dessas declarações malucas do comitê
nacional do PT? Deveríamos nos refutar oficialmente?' Ele perguntou uma
vez ao promotor federal Deltan Dallagnol, referindo-se a uma declaração
do Partido dos Trabalhadores de Lula, na qual a acusação era considerada
uma perseguição política.
Observe o uso da palavra 'nós' - como se o
Sr. Moro e o Sr. Dallagnol estivessem no mesmo time", complementa o NYT.
"Isso tudo é, claro, altamente imoral - se não totalmente ilegal. Não
viola nada menos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
diz: 'Todos têm direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e
pública por um tribunal independente e imparcial, na determinação de
seus direitos e obrigações e de qualquer acusação criminal contra ele. .
'De acordo com o Código de Processo Penal do Brasil, os juízes devem
ser árbitros neutros e não podem dar conselhos a nenhuma das partes em
um caso.
Moro também violou muitas disposições do Código Brasileiro de
Ética Judicial, particularmente uma que diz que o juiz deve manter “uma
distância equivalente das partes', evitando qualquer tipo de
comportamento que possa refletir 'favoritismo, predisposição ou
preconceito'", diz o jornal.
#Fonte: Brasil 247
EIS A QUESTÃO! NEW YORK TIMES: "O que você faz quando os cruzados anticorrupção são sujos?"
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
5.7.19
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