Em 10 anos, o setor têxtil no Rio Grande do Norte encolheu. O
número de trabalhadores diminuiu, assim como o total de empresas de
fabricação de produtos têxteis instaladas no Estado. De 2007 para
2017, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o quantitativo de pessoas ocupadas no setor, acrescido daquelas
dedicadas às confecções de artigos de vestuário e acessórios, saiu
de 25.631 para 21.007, perfazendo uma diferença negativa de 18,04%.
Em números absolutos, são 4.624 pessoas empregadas a menos nesses setores.
Por segmento, a situação é pior entre as empresas de fabricação de produtos exclusivamente têxteis. O número de trabalhadores caiu 59,93% na década em referência (eram 4.350 em 2007 e, em 2017, não passavam dos 1.743). Essa diminuição na força de trabalho do setor provocou a saída de circulação de R$ 4,9 milhões da economia potiguar no período.
Tais recursos eram pagos em salários aos trabalhadores que
acabaram demitidos. Somente em Jardim de Piranhas, no Seridó do Rio
Grande do Norte, um dos polos têxteis do Estado, o número de empresas
evoluiu negativamente de 84 para 67 na década analisada. Em Natal, a
redução no mesmo período foi de 32 para 26.
“Falta uma política de desenvolvimento econômico no Rio Grande do
Norte não somente para nos setores têxtil e de confecções. A
Alpargatas, por exemplo, saiu do Estado. Nos últimos anos, há uma
verdadeira fuga de empresas. A gente entende que a política para o
desenvolvimento da indústria local falha”, analisa o presidente da
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Rio Grande do Norte
(FTI/RN), Marcones Marinho da Silva.
Nos Últimos 10 Anos, Indústria têxtil Encolhe no RN e Fecha 4,6 mil Vagas
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
30.6.19
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