O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) propôs a terceira medida judicial contra a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre supostas práticas de crimes em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A defesa do filho de Jair Bolsonaro (PSL) apresentou na
semana passada um pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro contra a decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara
Criminal, que determinou as quebras de seus sigilos bancário e fiscal.
A peça da defesa, mantida sob sigilo, têm argumentos semelhantes aos
apresentados pela defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador e
pivô da investigação, segundo a Folha apurou.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) propôs a terceira medida judicial contra a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre supostas práticas de crimes em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) apresentou na
semana passada um pedido de habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro contra a decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara
Criminal, que determinou as quebras de seus sigilos bancário e fiscal.
A peça da defesa, mantida sob sigilo, têm argumentos semelhantes aos
apresentados pela defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador e
pivô da investigação, segundo a Folha apurou.
A defesa de Flávio aponta ilegalidades na decisão do magistrado de
primeira instância, como falta de fundamentação. A justificativa do
juiz para as quebras dos sigilos toma um parágrafo do documento,
adotando as razões expostas pelo Ministério Público em 87 páginas.
“O juízo decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal de quase uma
centena de pessoas por ser ‘importante para a instrução do procedimento
investigatório criminal’, sem nada mais a dizer, sem avaliar se as
pessoas alcançadas tinham ou têm qualquer mínima relação com a
investigação, o que denota ser a decisão ora guerreada não só carente de
fundamentação idônea, mas sim, ao revés, carente de qualquer
embasamento legal”, diz o pedido do advogado Paulo Klein, que defende Queiroz.
Os pedidos habeas corpus de Flávio e Queiroz serão analisados pelo
desembargador Antônio Amado. No mês passado, antes da decisão da quebra
de sigilo, ele negou pedido de liminar do senador para interromper a investigação do Ministério Público. Esse caso ainda será analisado pela 3ª Câmara Criminal.
Flávio já havia tentado bloquear a apuração no STF (Supremo Tribunal
Federal) com uma reclamação contra o Ministério Público, apontando
quebra de sigilo bancário ilegal pela Promotoria. Uma liminar do
ministro Luiz Fux interrompeu a apuração por 15 dias, mas o caso foi
arquivado em seguida pelo ministro Marco Aurélio Mello.
A investigação do Ministério Público foi aberta após um relatório do governo federal ter apontado movimentação atípica de R$ 1,2 milhãona conta bancária de Queiroz, de janeiro de 2016 a janeiro de 2017.
Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as
operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo, em data próxima
do pagamento de servidores da Assembleia.
Queiroz já admitiu que recebia parte dos valores dos salários dos
colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar
assessores informais de Flávio, sem o conhecimento do então deputado.
Além dos pedidos de habeas corpus de Flávio e Queiroz, o empresário
Marcelo Cattaneo Adorno, um dos responsáveis pela MCA Participações,
impetrou um mandado de segurança contra a decisão do juiz. A empresa foi
um dos alvos de quebra de sigilo por ter comprado 12 salas do senador e
gerado um lucro de R$ 300 mil num intervalo de 45 dias.
Como mostrou reportagem da Folha, a quebra autorizada pela Justiça na investigação do Ministério Público do Rio sobre Flávio atingiu pessoas que nem sequer foram nomeadas pelo senador e não tiveram nenhuma transação financeira com Fabrício Queiroz.
A peça do Ministério Público também atribui equivocadamente ao
gabinete de Flávio uma servidora da Assembleia que acumulou outro
emprego e apresenta falhas ao relatar suspeitas contra Queiroz.
#Fonte: FOLHAPRESS
OLHO NO GAROTO! Filho de Bolsonaro Tenta Bloquear Investigação na Justiça Pela Terceira Vez
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
29.5.19
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