Foto1: Maiana Belo/G1 Bahia
Protesto
contra bloqueio de verbas na Educação ocupa parte da Esplanada dos
Ministérios, em Brasília — Foto 2: TV Globo/Reprodução
Cidades brasileiras começaram, na manhã desta quarta-feira (15), a
ter manifestações contra o bloqueio de recursos para a educação
anunciado pelo MEC. Os 26 estados e o Distrito Federal registraram atos
pacíficos. Universidades e escolas também tiveram paralisações.
Protesto fecha portão da USP — Foto 3: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Entidades ligadas a movimentos estudantis, sociais e a partidos
políticos e sindicatos convocaram a população para uma greve de um dia
contra as medidas na educação anunciadas pelo governo do presidente Jair
Bolsonaro.
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as
universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em
maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e
doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das
chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não
obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de
material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas.
O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é
de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas
obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento
total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas
obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo,
aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das
aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção
de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a
arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não
obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte
da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em
outros governos.
Em entrevista ao colunista Valdo Cruz na GloboNews, o ministro
interino da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou que o contingenciamento
pode ser revertido.
“Contingenciamento é um bloqueio temporário dos recursos que cada
ministério tem. E, como no primeiro bimestre nós percebemos que essas
receitas estavam 2% abaixo do que era o previsto, a gente precisou fazer
um contingenciamento de várias pastas”, informou o interino da
Economia.
“Os protestos traduzem uma preocupação que você não realize o que
você espera fazer na área de educação. E a nossa ideia não é impedir que
as coisas sejam feitas. Óbvio que todo mundo, se a gente não tiver
receitas necessárias, a gente vai precisar fazer ajustes no orçamento,
nas nossas despesas. Vamos ver onde que a gente pode cortar.”
#Fonte:
Cidades Brasileiras Têm Atos Contra Bolsonaro, Por Bloqueios na Educação
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
15.5.19
Rating:
Nenhum comentário:
OS COMENTÁRIOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR.
REGRAS PARA FAZER COMENTÁRIOS:
Se registrar e ser membro do Blog; Se identificar (não ser anônimo); Respeitar o outro; Não Conter insultos, agressões, ofensas e baixarias; A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica; Buscar através do seu comentário, contribuir para o desenvolvimento.