PONTA DO ICEBERG!! GRÁFICA LIGADA A ESQUEMA DE LARANJAS DO PARTIDO DE BOLSONARO (PSL) NÃO FUNCIONA HÁ 2 ANOS, DIZ POLÍCIA FEDERAL
Uma
gráfica utilizada no suposto esquema de candidaturas laranja do PSL nas
eleições de 2018 não funcionava há mais de dois anos, conforme
investigações da Polícia Federal. A empresa, ainda segundo a PF, tinha
como proprietário Reginaldo Donizete Soares, irmão de Roberto Soares, um
dos principais assessores do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro
Antonio, na época das eleições. Marcelo Álvaro foi presidente do PSL em Minas até o inicio de 2019. A sede do PSL em Minas foi alvo de buscas da PF nesta segunda-feira, 29.
O
ministro não é investigado na primeira operação da Polícia Federal,
deflagrada nesta manhã, como parte das apurações sobre o suposto
esquema. Segundo o delegado Marinho Rezende, responsável pelo inquérito,
essa fase da operação foca nas declarações de prestação contas de
candidatas. “Investigações sobre dirigentes do partido serão feitas
depois”, afirma Rezende.
A operação foi batizada de “Sufrágio
Ostentação”. As apurações já apontam, segundo o delegado, para possíveis
irregularidades nas prestações de contas das campanhas de quatro
candidatas pelo PSL à Câmara Federal e Assembleia Legislativa de Minas
em 2018.
Os nomes não foram citados. Até aqui, quatro candidatas
da legenda nas eleições do ano passado denunciaram à PF e ao Ministério
Público montagem do esquema de candidaturas laranja pelo partido em
Minas.
Todas afirmam não terem participado do esquema, que
funcionaria basicamente com o desvio de recursos de fundo partidário
exclusivo para candidatas para outros concorrentes na disputa, inclusive
homens.
A gráfica apontada como sendo a do irmão de Roberto
Soares ficava em Ipatinga, no Vale do Aço. Como a empresa não funciona
mais, a PF fez busca e apreensão na operação de hoje na casa de
Reginaldo Donizete Soares, em Ipatinga.
Nas investigações a PF
constatou que a relação custo por voto entre as mulheres investigadas
era maior que a registrada entre candidatos que venceram as eleições. “O
custo médio entre os que venceram é de R$ 10 por voto, enquanto o das
candidatas do PSL era de R$ 300”, afirmou o delegado Rezende. “Daí o
nome ‘Sufrágio Ostentação’”, justificou.
A PF afirma que isso pode
ser um indicador de que recursos foram utilizados para “ludibriar” o
fundo eleitoral destinado para as mulheres nas eleições 2018. Ao menos
por enquanto as investigações se concentram na possibilidade de crime de
falsidade ideológica, que pode dar até cinco anos de prisão. Até o
momento, cerca de 40 pessoas já foram ouvidas.
O delegado disse
ainda que outros partidos podem ter utilizado o mesmo ‘modus operandi’
para desvio de recursos. A reportagem entrou em contato com o Ministério
do Turismo e aguarda retorno.
Operação
A
operação deflagrada nesta segunda pela PF cumpriu mandados de busca e
apreensão em seis gráficas que teriam prestado serviço para as
candidatas.
Duas em Contagem, uma em Lagoa Santa, uma em Belo
Horizonte e uma em Coronel Fabriciano. Os outros dois mandados foram
para a residência de Donizete, em Ipatinga, vizinha a Coronel
Fabriciano, e na sede do PSL em Belo Horizonte.
Fonte: Exame.com
PONTA DO ICEBERG!! GRÁFICA LIGADA A ESQUEMA DE LARANJAS DO PARTIDO DE BOLSONARO (PSL) NÃO FUNCIONA HÁ 2 ANOS, DIZ POLÍCIA FEDERAL
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30.4.19
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