Foto: Douglas Magno/ O tempo
Em
meio a uma especulação sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros,
a Petrobras anunciou na terça-feira o congelamento dos preços do diesel
por períodos de 15 dias e a criação de um cartão que fixa preços para
abastecimento em postos com bandeira BR. Apesar disso, o líder dos
caminhoneiros, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, disse que as medidas ainda não são suficientes para evitar uma greve da categoria.
Apesar
de pessoalmente não apoiar o movimento, Landim afirma haver de 15 a 20
grupos de articulação pela paralisação no WhatsApp. Eles fogem ao
controle de lideranças sindicais com as quais o governo tem conversado.
Segundo
ele, a pressão parte, principalmente, de caminhoneiros de Minas Gerais.
Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte estão entre os
que já sinalizaram que não aprovam a carreata convocada para sábado, dia
30, para pressionar o governo e sim uma paralisação como feita em no
fim de maio do ano passado.
A mudança na política de reajuste da
Petrobras veio depois de uma reunião de lideranças da categoria com o
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, no último dia
15. Apesar disso, Chorão afirma que a medida não é suficiente e a
categoria reivindica estabilidade nos preços por pelo menos 30 dias. “A
Petrobrás teve lucro exorbitante. Não podemos pagar diesel em dólar.”
Além
da questão dos preços dos combustíveis, os caminhoneiros também
negociam mais rigor na cobrança de fretes e construção das paradas para
descanso.
Política de preços
Em janeiro, após o fim do programa de subvenção ao preço do diesel, solução encontrada pelo governo Michel Temer
para encerrar a paralisação do ano passado, a Petrobras anunciou que ia
segurar o preço do diesel por prazos maiores, como já vinha fazendo com
a gasolina desde outubro de 2018.
Porém, com a alta dos preços
internacionais do petróleo, valor do diesel nas refinarias já subiu
18,5% em 2019, na comparação com o último valor de 2018. Nas bombas, a
alta é de 2,5%, mas o suficiente para alimentar a insatisfação dos
caminhoneiros.
Segundo Chorão, o fato de 90% da categoria ter apoiado a eleição de Bolsonaro
merece resposta. “A Petrobrás não responde 100% nossas reivindicações,
mas demonstra que o governo busca mecanismos para nos atender”, disse.
#Fonte: Veja.com
EM PÉ DE GREVE! CAMINHONEIROS SE DIVIDEM SOBRE GREVE APÓS PETROBRAS MUDAR REAJUSTE
Reviewed by Canguaretama De Fato
on
27.3.19
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