Uma
operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou
na tarde desta quarta-feira (27) a operação Noteira para prender a
ex-prefeita de Maxaranguape Maria Ivoneide da Silva. Ela responde pelos crimes de fraude em licitação pública, peculato, associação criminosa e supressão de documento público.
Maria Ivoneide
foi prefeita de Maxaranguape, cidade do litoral Norte potiguar, entre
2009 e 2016. O nome da operação faz alusão a um termo usado pelos órgãos
de fiscalização tributária para identificar empresas de fachada usadas
para emitir notas frias.
A prisão é fruto de um Procedimento
Investigatório Criminal instaurado em maio do ano passado pela
Promotoria de Justiça de Extremoz para apurar um suposto dano ao erário
decorrente da emissão fraudulenta de notas fiscais pela KSA e Escritório
Comércio e Serviços Eireli – ME emitidas durante os anos de 2013 e
2014. As 353 notas fiscais analisadas chegam ao valor de R$
1.552.467,32.
Entre os principais indícios de irregularidades levantados
pelo MPRN, está a incompatibilidade entre o valor movimentado pela
empresa contratada, sua sede e a sua suposta capacidade financeira ou
patrimonial.
A empresa fica situada em uma loja de um shopping em
Parnamirim, na Grande Natal, “não justificando, portanto, os valores
recebidos nas diversas contratações com o poder público”.
Outro
indício de fraude na licitação é que a empresa, muito embora mantivesse
contratos com diversos órgãos públicos, movimentando vultosos valores,
só tinha uma funcionária para atender a toda demanda. No decorrer da
investigação do MPRN, diante das diversas irregularidades, ficou
evidenciado que a licitação foi fraudada para beneficiar a empresa
vencedora do certame, com o posterior desvio das verbas públicas.
Fraude
A
fraude na licitação foi acertada por Maria Ivoneide e outras pessoas
entre 2013 e 2016. O grupo, de modo consciente, voluntário e cominado,
fraudou e frustrou o caráter competitivo do pregão presencial número
06/2015. O pregão foi realizado pela Prefeitura de Maxaranguape com o
intuito de obter para a empresa KSA e Escritório Comércio e Serviços
Eireli – ME vantagem no certame.
Para o MPRN, Maria Ivoneide da Silva,
na condição de gestora do município, possibilitou a realização da
licitação fraudulenta que ensejou vantagem em favor da empresa
contratada. Essa fraude culminou, ainda, na emissão de diversas ordens
de pagamentos em favor da empresa, causando um rombo milionário nas
contas públicas do município de Maxaranguape.
EX-PREFEITA DO RN É PRESA POR FRAUDE EM LICITAÇÃO, EM OPERAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
28.2.19
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