A LARANJADA!! Empresa de Assessor é Investigada Como Elo entre Ministro do Turismo de Bolsonaro e Laranjas

Resultado de imagem para Bolsonaro e Marcelo Álvaro AntônioO Ministério Público em Minas Gerais investiga a contratação de uma empresa durante a eleição como o principal elo entre o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), e o esquema de candidaturas de laranjas do PSL no estado.

Aberta em 2013, uma empresa de serviços de internet e marketing direto teve Álvaro Antônio como principal cliente até 2018 por meio de verba da Câmara dos Deputados.

Mateus Von Rondon, dono da empresa, virou assessor especial do ministro no governo Jair Bolsonaro em 23 de janeiro de 2019, dois dias depois de ter encerrado as atividades do negócio na Receita Federal.
A mesma empresa aparece na prestação eleitoral de contas de quatro candidatas a deputada estadual e federal usadas como laranjas pelo PSL de Minas, partido comandado à época por Marcelo Álvaro Antônio, então deputado e candidato à reeleição.
O esquema foi revelado pela Folha no dia 4 de fevereiro.

Ao todo, Lilian Bernardino, Naftali Tamar, Debora Gomes e Camila Fernandes, candidatas do Vale do Aço e de Curvelo, no interior de MG, declaram ter pago R$ 32 mil à empresa de Von Rondon, que tem Belo Horizonte como sede.

Os investigadores querem elementos para provar que as candidaturas não foram para valer para, depois, fazer a vinculação de Álvaro Antônio com esse esquema. A relação muito próxima entre Von Rondon e o ministro foi um dos pontos que mais chamaram a atenção do Ministério Público até o momento.

O fechamento da firma ao fim da eleição é outro elemento que causou estranheza, já que dá indícios de que ela só existia para um único cliente.

A Folha publicou reportagem mostrando que o PSL de Minas, sob o comando de Marcelo Álvaro Antônio, direcionou uma alta quantia de verba pública às quatro candidatas, que somaram uma votação de apenas cerca de 2.000 votos.

Sem registro de terem feito campanha efetiva, elas declararam gastos de parte desse valor em empresas ligadas a assessores, ex-assessores e parentes de ex-assessores do hoje ministro —entre eles a empresa de Von Rondon.

Nas notas fiscais que o assessor do ministro apresentou à Câmara dos Deputados de 2015 a 2018 há uma descrição quase similar dos serviços: em resumo, gestão de redes sociais. No total, foram repassados R$ 193 mil no período.

“Gestão de mídias sociais e criação de conteúdo para divulgação de atividade parlamentar, interação e atendimento ao eleitor em mídias sociais, desenvolvimento e manutenção do sítio eletrônico www.marceloalvaroantonio.com.br”, descreve nota de fevereiro de 2018, com valor cobrado dos cofres da câmara de R$ 9.000 naquele mês.

O Ministério Público começou na semana passada a investigação sobre o caso. O promotor Fernando Ferreira Abreu afirmou que não vai ouvir Álvaro Antônio agora, mas não descarta chamá-lo a depor no decorrer da apuração.

 

#Fonte: Folhapress

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