VOANDO! Ministro-chefe da Casa Civil Contradiz Bolsonaro

Onyx diz que Bolsonaro se 'equivocou' ao falar de aumento de IOF e redução de IR

Onyx Lorenzoni
Ministro-chefe da Casa Civil contradiz presidente, que confirmou medidas em evento pela manhã pelo próprio Bolsonaro Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão

BRASÍLIA - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta sexta-feira, 4, que o presidente Jair Bolsonaro se "equivocou" ao falar em entrevistas de aumento do Imposto de Operações Financeiras (IOF) e da redução da alíquota do Imposto de Renda de 27,5% para 25%. 
"Estava toda uma celeuma no País que era ter aumento de impostos. Não dá para o cidadão que votou no Bolsonaro para não ter aumento de impostos e ter aumento de impostos", afirmou.

No começo da tarde, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, esteve no Planalto para discutir as medidas com o presidente. Na saída do palácio, ele negou informação publicada pela imprensa e confirmada num evento pela manhã pelo próprio Bolsonaro de que o governo aumentaria o IOF para garantir compensações a prorrogação de benefícios concedidos pela Sudene e pela Sudam.

"Houve vazamento indevido. Alguém que vazou algo que não deveria ter vazado", disse Onyx Lorenzoni. O ministro não respondeu, na sequência, se o "vazamento" era um "balão de ensaio" - uma tática para avaliar a repercussão e os efeitos de uma medida antes de sua real adoção.

Onyx disse que havia, sim, um estudo para aumentar o IOF como forma de garantir a prorrogação dos benefícios da Sudene e da Sudam. Mas a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, teria conseguido uma outra solução. "Uma das alternativas seria o aumento do IOF", disse. "A equipe econômica encontrou uma solução que deu tranquilidade ao presidente", ressaltou.

No começo da entrevista, o ministro da Casa Civil resistiu a dar explicações sobre qual foi a solução encontrada para garantir a prorrogação dos benefícios da Sudene e da Sudam. Ele também considerou como "armadilha", "bomba" e "maldadezinha" do ex-presidente Michel Temer de não ter assinado antes o decreto de prorrogação e deixado o tema para o atual governo. Depois, Onyx, no entanto, disse que, como o prazo de fruição dos benefícios era de 12 a 14 meses, eles "não ocorreriam" neste ano. "Então, para o ano de 2019, a previsão que tem de R$ 740 milhões é suficiente para atender aqueles projetos que foram aprovados ao longo do ano de 2017 e 2018", disse.

O ministro relatou que, pela manhã, quando questionado se haveria de fato aumento do IOF, Bolsonaro teria feito referência à sanção e também ao decreto que dava a garantia para a prorrogação sem aumento de impostos. "Não haverá nenhum aumento de IOF", afirmou. "O aumento de impostos confrontava com compromisso que governo assumiu", disse. 
 
 
 
Fonte: Estadão
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