No dia
que iniciou o massacre há dois anos, no dia 14 de janeiro de 2017,
Alcaçuz tinha 1.200 presos, o dobro da capacidade que era de 620
internos. E isso quando a penitenciária tinha seus cinco pavilhões
funcionando. Hoje, são 2.100 detentos distribuídos em três pavilhões.
Antes do episódio, os pavilhões 1, 2, 3 e 4 pertenciam a Alcaçuz. Já o
pavilhão 5, antes dominado por presos do Primeiro Comando da Capital,
fazia parte do Presídio Rogério Coutinho Madruga, que é um anexo de
Alcaçuz. Na época, apenas uma cerca de arame farpado separava as duas
unidades.
As obras de recuperação de Alcaçuz foram
orçadas em R$ 3,2 milhões. A reforma contou com a a construção de um
muro de concreto que dividiu a penitenciária ao meio. Um dos pontos
críticos que ainda persiste na penitenciária é a superlotação.
O complexo prisional composto pelas
penitenciárias de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga possui atualmente
2.274 apenados. Dois novos pavilhões estão sendo construídos em Alcaçuz.
Já o presídio Rogério Coutinho Madruga passa por reforma e ampliação
nas instalações para melhoria e reestruturação da segurança, além da
ampliação nos alojamentos. Três salas de aula também serão
disponibilizadas para atividades educacionais.
A nova estrutura do presídio
possibilitou um controle maior por parte dos agentes que atuam dentro da
cadeia. Para o novo ano, o desafio é investir na ressocialização dos
apenados. “Após o esforço de controle e funcionamento do sistema, com a
reestruturação da segurança, a expectativa para 2019 é executar os
projetos de trabalho e ressocialização dos detentos.
Existe um projeto
em articulação para que professores possam formar profissionais
autônomos como pedreiro, serralheiro, mecânico”, afirmou Maiquel
Cavalcante, secretário adjunto de Justiça e Cidadania.
Mudança no contato entre presos e agentes
Além das mudanças físicas, o contato
entre os presos e agentes também foi modificado. O ex-secretário da
justiça Mauro Albuquerque, implantou uma nova metodologia dentro do
presídio. Na estrutura, o piso que antes era facilmente escavado para a
construção de túneis foi revestido de malha de ferro e concreto. As
paredes também foram reforçadas e as grades recolocadas nas celas.
Novas camas de alvenaria foram colocadas
nas carceragens. Outra mudança foi a retirada de tomadas. A ventilação é
natural e de lazer, somente o banho de sol. A quadra que era marcada
para jogos de futebol agora possuí faixas pintadas para que os presos
saibam onde ficar quando houver revista.
Após as mudanças estruturais e
sob constante vigilância, nenhuma tentativa de fuga foi registrada nos
últimos dois anos e também não ocorreram motins.
Marcado por Tragédia, Presídio de Alcaçuz no RN Vai Capacitar Apenados
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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15.1.19
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