Presidente da Femurn e prefeito de São Paulo do Potengi, Leonardo Cassimiro
Empossado nesta quarta-feira, 16, para um novo mandato de dois anos à
frente da entidade, o presidente da Federação dos Municípios do Rio
Grande do Norte (Femurn), Leonardo Cassimiro, o Naldinho, defendeu a
aprovação no Congresso Nacional do projeto que destina para estados e
municípios parte dos recursos provenientes da chamada cessão onerosa do
pré-sal.
A cessão onerosa foi um acordo firmado entre o governo federal e a
Petrobras em 2010 que permite à estatal explorar por 40 anos trechos da
camada do pré-sal. Em troca, a companhia pagou R$ 74,8 bilhões à União.
Uma área maior do que a prevista no acordo, entretanto, foi descoberta
depois da assinatura do termo de cessão, o que motivou a proposta para
leiloar o excedente.
Entidades ligadas à causa municipalista, como a Femurn, defendem que
cerca de 30% do que for arrecadado com o leilão da fatia excedente da
cessão onerosa do pré-sal sejam destinados aos estados e municípios, o
que provocaria um alívio nos caixas locais.
“Para cada município, pelas
nossas contas, serão duas parcelas a mais do FPM apenas no momento do
leilão, fora as partilhas mensais da exploração depois disso”, declarou
Naldinho, que é prefeito de São Paulo do Potengi, em entrevista ao
programa Manhã Agora, apresentado por Tiago Rebolo na Agora FM (97,9).
Além dos recursos da cessão onerosa, os prefeitos potiguares esperam
conseguir no Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2019 uma decisão que
pode trazer outro alívio para as finanças municipais.
O presidente da
Femurn defende que o cálculo das despesas com pessoal nas prefeituras
exclua os gastos com servidores lotados em programas federais executados
nos municípios. De acordo com Naldinho, a eliminação desse tipo de
despesa do cálculo geral poderia desonerar a folha das gestões em até
16%.
Segundo o presidente da Femurn, cerca de 80% das prefeituras
potiguares (são 167) têm gastos com pessoal superiores aos limites
estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. “Quando os programas
vêm, a gente contrata e isso estoura o limite prudencial. Tirando essa
despesa do cálculo, os municípios ficariam dentro do limite”, afirma.
MAIS DINHEIRO!! Leilão em Fatia do Pré-sal Pode Gerar 2 FPMs Extras para os Municípios do RN
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
16.1.19
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