O
relatório do Tesouro Nacional que apontou o Rio Grande do Norte como o
estado do País com maior risco de insolvência, no que diz respeito a
despesa com pessoal, evidenciou uma situação crítica nas contas públicas
potiguares. O documento revelou que o Estado comprometeria 86% de sua
receita corrente líquida com pagamento de funcionalismo – o maior índice
de todo o Brasil.
O governo estadual contesta os números,
mas confirma que a situação exige medidas drásticas para aumento de
receitas e contenção de despesas. Números obtidos pelo Agora RN mostram
que, para controlar a dívida, o Estado precisaria se desfazer de pelo
menos 13 mil servidores ou, em contrapartida, elevar sua receita em
cerca de 25%. Uma combinação das duas medidas levaria ao mesmo
resultado.
A Controladoria-Geral do Estado explica
que os 86% de comprometimento de receita apresentados pelo Tesouro
Nacional divergem dos cálculos do governo local por duas razões.
Primeiro: o índice do Tesouro se refere à soma dos gastos de todos os
poderes do Rio Grande do Norte – Executivo, Legislativo e Judiciário,
além de Ministério Público, Tribunal de Contas e demais órgãos com
autonomia orçamentária –, enquanto no Estado cada instituição divulga
seus balanços separadamente. Em segundo lugar, o método de contagem do
Tesouro Nacional tem diferenças em relação ao que é praticado no Rio
Grande do Norte, o que gerou a discrepância.
Considerando apenas o Poder Executivo, o
último relatório de gestão fiscal, referente ao 2° quadrimestre de
2018, concluiu que o gasto com pessoal compromete 57,84% da receita
corrente líquida. O índice está quase 10 pontos percentuais acima do
limite estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é 49%.
Enquanto a despesa com pessoal
extrapolar os limites legais, a LRF estabelece que o gestor fica
proibido de conceder vantagens, aumentos, reajustes ou adequação de
remuneração a qualquer categoria de servidor público; criar cargos ou
funções; e alterar estruturas de carreiras; entre outras vedações. Se
permanecer na situação por dois quadrimestres consecutivos, o ente não
pode receber transferências voluntárias ou fazer empréstimos. Essas
sanções já são aplicadas ao Rio Grande do Norte.
Para Evitar colapso, RN Precisaria Demitir 13 mil Funcionários ou Incrementar Receita em 25%
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
11.11.18
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