8 em cada 10 Jovens Dizem que Nunca Procuraram Cuidados para Saúde Emocional

 

Oito em cada dez jovens cearenses que participaram de pesquisa conduzida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) relatam que nunca procuraram qualquer serviço de saúde para cuidar de questões emocionais. Entre os que buscaram ajuda, 23% não conseguiram encontrar atendimento. 

Os dados foram colhidos pelo projeto Saia do Muro, iniciativa comandada pelo Unicef. A pesquisabuscam mapear o pensamento da população sobre temas como política, gestão pública, inclusão social e comportamento. 

Das 2.300 pessoas que responderam sobre cuidados com a saúde mental, apenas 19% delas disseram já ter procurado assistência para cuidar da própria disposição psicológica. As perguntas foram aplicadas gratuitamente na plataforma U-Report, dentro do Saia do Muro. A ferramenta usa SMS, Facebook e Twitter para saber a opinião dos jovens e adolescentes.

O papel da família

A família surge em várias respostas dos jovens, seja positivamente, seja negativamente. Quando questionados sobre os maiores problemas na vida de um adolescente, os parentes próximos aparecem em primeiro lugar, com 36% dos 2.257 votos. A lista segue com preconceito, representando 25%. Namoro, amizades, aparência física, violência, estudo, trabalho e renda completam os apontamentos. 

Por outro lado, apoio de amigos e familiares é a melhor ação para cuidar da saúde mental e prevenir suicídio e automutilação entre adolescentes e jovens, segundo 31% dos entrevistados. 

Ao todo, 2.226 opinaram sobre os cuidados prévios contra o problema. Espaços de discussão nas escolas foram lembrados em 26% dos votos. Metade das pessoas que responderam ao questionário disse já ter visto alguma ação preventiva nos ambientes de ensino.

O grupo daqueles que cercam a vítima no cotidiano doméstico também é o primeiro buscado por 36% das pessoas. Amigos são buscados por 29% dos entrevistados, aponta a pesquisa. E 13% dos jovens ouvidos disseram que não procuram ajuda.