ELEIÇÃO 2018: Após ataque, candidatos à Presidência reveem estratégias e avaliam "trégua


Candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, sofreu ataque em Juiz de Fora

Após se solidarizarem com o ataque sofridona tarde de quinta-feira (6) pelo candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, as equipes dos demais presidenciáveis iniciaram neste fim de semana uma série de reuniões internas para planejar o tom e os próximos passos da campanha. Candidatos que produziram propagandas eleitorais combatendo frontalmente Bolsonaro, como é o caso do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), avaliam dar uma "trégua" nos ataques a curto prazo.

O candidato pelo MDB, Henrique Meirelles, manteve nesta sexta-feira (7) encontros com seu grupo político que devem se estender pelo fim de semana. De acordo com aliados do presidenciável, Meirelles não tem promovido uma campanha de ataque ao deputado federal, que está em recuperação no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, após ser esfaqueado durante ato de campanha.

Na semana passada, porém, ele postou um vídeo no Twitter pedindo que os eleitores não votem com "os olhos cegos pela indignação". A expectativa agora é que haja uma suspensão temporária do clima "belicoso" que vinha caracterizando a disputa. Essa é a mesma avaliação do entorno do presidenciável Ciro Gomes.

O secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), concorda que o fato trouxe um "efeito paralisante na campanha" de Alckmin e dos demais aspirantes ao Palácio do Planalto. Ele defendeu que os próximos dias sejam dedicados a analisar os efeitos do que aconteceu do ponto de vista psicológico, a exemplo da morte de Eduardo Campos em 2014, então candidato à Presidência pelo PSB.

"Todos nós estamos torcendo pelo seu pronto restabelecimento, mas estamos escolhendo o futuro do país. Acho que vai haver um momento de absorção [dos fatos] na eleição, que já ocorria em um ambiente muito ruim em função da crise econômica e da instabilidade política. Ainda vamos ver adequadamente [os próximos passos]. Tem que ouvir e sentir as ruas. Logo logo a gente vai estar reconstruindo as linhas estratégicas da campanha", afirmou.



#Fonte: Agência Brasil 
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