Para
chegar a cada eleitor de forma eficiente, bem como para combater robôs e
notícias falsas, as campanhas terão que investir cada vez mais em
tecnologia. Na corrida presidencial, candidatos e marqueteiros já
começam a afinar discursos para tentar conquistar o eleitorado. Se a
munição ainda está sendo escolhida, a arma, no entanto, está cada vez
mais definida: as redes sociais.
Para influenciar o maior número de eleitores possível, candidatos
buscam profissionalizar mais suas campanhas fazendo uso de tecnologia
para atacar, ou mesmo para se proteger do “veneno” virtual.
Ciente das limitações de gastos em campanhas, o especialista em
marketing, Bruno Oliveira, garante que o uso da internet, nas suas mais
variadas ramificações, será decisivo.
“A cada ano cresce a importância
do meio digital nas campanhas. Hoje já dispomos de inúmeras ferramentas
de acompanhamento que nos ajudam a decidir que caminho seguir”,
completa.
Para quem pensa que a utilização de robôs é ainda uma utopia no
Brasil, engana-se. Estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
concluiu que 11% das interações nas redes sociais durante as eleições de
2014 foram feitas por robôs. A pesquisa mapeou as interferências
consideradas ilegítimas no debate público e seus riscos para a
democracia e reflexos nas Eleições 2018. “Na greve geral de abril de
2017, mais de 20% das interações no Twitter entre os usuários a favor da
greve foram provocadas por contas ilegítimas, perfis falsos”, comenta.
A tendência, conforme relata Bruno Oliveira, é aumentar o peso da
Internet e das redes sociais no debate eleitoral. “Candidatos, partidos e
outros tomadores de decisão vão necessitar de plataformas e tecnologias
analíticas avançadas, capazes de identificar o que é conteúdo
intencionalmente falso e o que tem procedência legítima, quando a
opinião vem de um cidadão ou de um robô”, explica.
Para os candidatos que pensam em disputar as eleições deste ano, o
especialista em marketing fala da importância de mapear vantagens
eleitorais. “Para conquistar o voto dos eleitor é preciso entender como
eles pensam e o que eles esperam do seu representante. Com um bom
trabalho de monitoramento estratégico é possível levantar dados,
interpretar isso e tomar decisões quase que em tempo real na campanha”,
finaliza.
#Fonte: Por Hilneth Correia
Eleições 2018: Internet Criará um Verdadeiro Campo de Batalha
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
31.3.18
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