Pesquisas desenvolvidas no Núcleo de Farmácia da UFRN, em Natal,
descobriram potencial cosmético em duas plantas comumente encontradas no
sertão potiguar. Através da fibra do sisal e do fruto da algaroba, os
pesquisadores criaram produtos hidratantes para a pele e que previnem o
aparecimento de rugas.
A fibra do sisal costuma ser utilizada na produção de cordas, tapetes e
outros produtos artesanais. Mas, de acordo com Stela Barreto, meste em
ciências farmacêuticas, apenas 4% da planta é utilizada no processo
produtivo, os outros 96% são rejeitados. Com isso, após diversas
pesquisas com o insumo descartadado, foi identificado o potencial
cosmético do vegetal para pele de humanos.
Outra planta pesquisada foi a algaroba, que teve o fruto utilizado nos
estudos. Segundo o doutorando em ciências farmacêuticas Gabriel Azevedo,
o feito é inédito. "Até então, a gente não tinha nenhum relato do uso
da algaroba como um ativo cosmético. E esse é um dos nossos objetivos,
trabalhar com inovação", disse ele.
O pesquisador também ressalta que a algaroba é uma planta invasora que
não é típica do nordeste, apesar de muito comum. Ele ainda disse que a
algaroba prejudica o desenvolvimento de plantas nativas da caatinga, e
que o uso do vegetal em cosméticos ajuda ao equlíbrio do ecossistema.
Os dois estudos foram premiados em eventos nacionais e internacionais. O
do sisal, foi considerado o melhor trabalho no Congresso
Latinoamericano de Químicos Cosméticos. Já o da algaroba, recebeu o
troféu de melhor pesquisa no Congresso Brasileiro de Cosmotologia.
Pesquisas da UFRN Descobrem Potencial Cosmético em Plantas da Caatinga
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
14.12.17
Rating: