A defesa do Ex-presidente Lula apresentou na sexta-feira (14) o
primeiro recurso contra a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou o
ex-presidente a 9 anos e seis meses por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
O ex-presidente foi condenado em processo que investigou se o
apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo, era propina paga pela OAS a
Lula por contratos firmados pela empresa na Petrobras. Lula nega as
acusações, e na avaliação dos advogados que o representam, Moro teve
atuação política na sentença.
De acordo com a petição protocolada pelos advogados no sistema
eletrônico da Justiça Federa, no Paraná, a intenção é “suprir as
omissões, contradições e obscuridades” da sentença. Este recurso
apresentado chama-se embargos de declaração e é usado como instrumento
por advogados justamente para solicitar ao juiz revisão de algum ponto
da sentença.
Os advogados questionam pontos da sentença – veja:
-omissão no tocante às afirmações feitas pelo juízo em relação ao ex-presidente Lula e sua defesa;
-negativa de juntada de documentos como contratos da Petrobras. A defesa fala em cerceamento de defesa;
-desqualificação de declarações de testemunhas de defesa;
-desqualificação de instrumentos de auditoria, interna e externa, que não detectaram atos de corrupção ligados ao ex-presidente;
-omissão quanto à transferência do empreendimento para a OAS;
-omissão quanto ao exercício das faculdades inerentes à propriedade do tríplex pela OAS e pela desconsideração de elementos de -prova que mostram que o ex-presidente jamais teve a propriedade ou a posse do imóvel;
-omissão quanto à origem do dinheiro usado para o custeio do tríplex e para as reformas;
-contradição ao defender imparcialidade, desrespeitando diversas vezes o ex-presidente e a sua defesa;
-omissão sobre equívocos apresentados em reportagem do jornal “O Globo”, apontados nas alegações finais do ex-presidente;
-omissões quanto à pena aplicada
-omissão no tocante às afirmações feitas pelo juízo em relação ao ex-presidente Lula e sua defesa;
-negativa de juntada de documentos como contratos da Petrobras. A defesa fala em cerceamento de defesa;
-desqualificação de declarações de testemunhas de defesa;
-desqualificação de instrumentos de auditoria, interna e externa, que não detectaram atos de corrupção ligados ao ex-presidente;
-omissão quanto à transferência do empreendimento para a OAS;
-omissão quanto ao exercício das faculdades inerentes à propriedade do tríplex pela OAS e pela desconsideração de elementos de -prova que mostram que o ex-presidente jamais teve a propriedade ou a posse do imóvel;
-omissão quanto à origem do dinheiro usado para o custeio do tríplex e para as reformas;
-contradição ao defender imparcialidade, desrespeitando diversas vezes o ex-presidente e a sua defesa;
-omissão sobre equívocos apresentados em reportagem do jornal “O Globo”, apontados nas alegações finais do ex-presidente;
-omissões quanto à pena aplicada
Este recurso é analisado pelo próprio juiz Sérgio Moro – não existe
prazo definido para isso. Enquanto não houver decisão, o prazo para
apelação, que é outro recurso analisado no Tribunal Regional Federal
(TRF 4ª Região), em Porto Alegre, fica suspenso
“O cenário apresentado pela sentença se torna ainda mais temerário
quando se verifica que este juízo, na ausência de provas da acusação,
toma como verdadeiras as afirmações de pessoas que, por circunstâncias
diversas, não merecem maior credibilidade nas afirmações lançadas nestes
autos – como o colaborador Delcídio do Amaral, além de Pedro Corrêa e
Léo Pinheiro”, diz trecho do recurso.
Ainda de acordo com os advogados de Lula, a sentença tem “fundamentação” alicerçada nas declarações do corréu e aspirante a delator Léo Pinheiro.
Defesa do Ex-Presidente Lula Entra Com recurso Contra Condenação na Lava Jato
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
15.7.17
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