Foi uma sexta-feira marcada pela mobilização de grupos pró-governo em todo o Brasil.
Pela manhã, enquanto a Polícia Militar retirava manifestantes
contrários à presidente Dilma Rousseff da avenida Paulista, em São
Paulo, atos a favor da presidente e em defesa da democracia começavam em
Estados do Nordeste. Ao longo do dia, manifestações aconteceram nos 26
Estados e no Distrito Federal
A avenida Paulista, em São Paulo, recebeu os manifestantes ao som de "Lula lá",
jingle utilizado pela campanha do ex-presidente nas eleições de 1989. Os manifestantes avaliaram em 350 mil.
Pessoas carregavam cartazes hostilizando a Rede Globo, o governador Geraldo Alckmin e o juiz Sérgio Moro.
O protesto começou pelas 15h e, ao longo da tarde, os manifestantes
ocuparam os dois sentidos da Paulista em frente ao Masp (Museu de Arte
de São Paulo).
Muito esperado ao longo do dia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva discursou na avenida por volta das 20h. Lula defendeu a democracia
e a união dos brasileiros para superação da crise, e criticou aqueles
que querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Quero que a
gente aprenda a conviver de forma civilizada."
Em Brasília,
se concentraram no Museu da
República e, ao longo da noite, seguiram para o Congresso Nacional.
Todas as faixas do Eixo Monumental foram bloqueadas para o ato. Na
chegada dos manifestantes, a PM os revistou e diz ter encontrado facas e
pedaços de pau.
No ato do Rio de Janeiro,
o clima foi de festa. Artistas, cantores e políticos se revezaram no
palco montado na praça 15, no centro da cidade. O protesto foi descrito
por um dos participantes como "uma ocupação cultural de posicionamento
da esquerda" e conta com milhares de pessoas.
Os manifestantes
lotaram a praça XV e ocuparam meia pista da avenida Antônio Carlos. Os
organizadores estimam que 70 mil pessoas tenham participado do ato, a PM
não divulgou números oficiais.
Em Belo Horizonte,
os manifestantes pró-Dilma Rousseff saíram da sede do Incra-MG, onde
passaram parte da manhã, e se encaminharam para a praça Afonso Arinos,
local da concentração para o ato de apoio ao governo. O protesto
terminou na praça Sete de Setembro por volta das 20h30. A PM estimou em 5
mil o número de participantes; a organização do ato disse que cerca de
20 mil pessoas participaram.
Em Maceió,
o ato a favor do governo Dilma começou por volta das 8h. No final da
manhã, o grupo caminhou até a Assembleia Legislativa, no centro da
cidade. A organização do protesto afirma que 8 mil pessoas participaram
da manifestação em defesa do governo. Segundo a PM, foram 450 os
manifestantes.
Em Salvador,
o protesto em defesa da democracia ocupou a praça do Campo Grande, no
centro da capital. A manifestação seguiu em caminhada até a praça Castro
Alves. O secretário estadual do Trabalho, Alvaro Gomes, e o deputado
federal Daniel Almeida, ambos do PCdoB, defenderam a prisão de Moro por
conta da divulgação das gravações entre Dilma e Lula.Segundo organizadores, 150 mil pessoas foram às ruas nesta sexta-feira.
No centro do Recife, a caminhada começou por volta das 17h e terminou cerca de três horas depois na praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. Grupos de maracatu, agremiações carnavalescas e até bonecos gigantes de Dilma e Lula acompanham o ato. A organização fala que 200 mil manifestantes foram às ruas da capital pernambucana.
Em João Pessoa, manifestantes tomaram a avenida Presidente Getúlio Vargas, em ato pró-Dilma. A estimativa dos organizadores é que 30 mil pessoas participam da manifestação. Segundo a PM, 20 mil foram às ruas.
Em Natal, a manifestação pró-governo reuniu 30 mil pessoas, segundo os organozadores.
Em Fortaleza, o movimento Frente Brasil Popular realizou uma caminhada pelas ruas do centro em defesa da presidente Dilma. A concentração da caminhada ocorreu na Praça da Bandeira, de onde os manifestantes saíram até a Praça do Ferreira. A organização do ato informou que 80.000 pessoas participaram da manifestação.
Em Florianópolis O grupo usava bandeiras vermelhas aos gritos de "não vai ter golpe".
Em Porto Alegre, 10 mil pessoas se reuniram em manifestação pró-governo, segundo a Brigada Militar. Os organizadores estimam em 50 mil pessoas os participantes. O ato contou com movimentos sociais e sindicalistas, além de servidores públicos que protestaram contra os atrasos de salário do governo estadual de José Ivo Sartori (PMDB).
Em Rondônia, manifestantes interditaram a BR-364, em Candeias do Jamari. O grupo, formado por cerca de 70 pessoas, carregava faixas e cartazes de apoio ao presidente Lula e fechou ambas as pistas da estrada, causando cerca de 10 km de congestionamento. Os manifestantes também exigiam compensações não cumpridas com a construção da usina hidrelétrica de Samuel. Uma colheitadeira foi queimada no ato, que se encerrou após quase seis horas de bloqueio.
Em Goiânia, manifestantes protestam a favor do governo Dilma na Praça Universitária, na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás. Segundo a Polícia Militar, mil pessoas participam do ato.
Também foram registradas manifestações em Vitória (ES), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Aracaju (SE), Belém (PA), Teresina (PI), São Luiz (MA), Palmas (TO), Campo Grande (MS), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Curitiba (PR) e Cuiabá (MT).
Também foram registrados atos pró-governo Dilma em outros países: Brasileiros foram às ruas em Berlim, na Alemanha, e em Paris, na França, onde manifestantes seguravam cartazes e uma faixa com os dizeres: "Golpe não! Ditadura nunca mais!".
Manifestações Em Favor da Democracia Levam Milhares às Ruas de Todo o País, Nesta Sexta-Feira (18)
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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19.3.16
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