Há
pouco mais de quatro meses à frente da Secretaria de Segurança Pública
do Rio Grande do Norte, a advogada Kalina Leite Gonçalves tem uma
difícil pela frente: fazer funcionar uma das estruturas mais complexas
da administração estadual com poucos recursos, sem dinheiro para
investir em recursos humanos e com uma estrutura sucateada.
Primeira
mulher a ocupar o cargo no RN, ela está otimista com o trabalho
realizado até agora e convicta de que a situação vai melhorar com o
passar do tempo. Para isso, é necessário uma ação integrada dentro da
própria estrutura da segurança e a parceria com os municípios. “A
Constituição Brasileira é clara quando diz que a segurança pública é
dever do Estado, mas é responsabilidade todos. Agora é momento de
conscientização dos municípios de que a responsabilidade é deles
também.”
Secretária
estadual de Segurança, Kalina Leite, é otimista em melhorar a estrutura
da pasta no RN e convoca o poder municipal para contribuir
Nesta
entrevista, Kalina faz um relato das dificuldades, do que já foi feito e
quais as prioridades neste início de administração, marcada pelas
dificuldades orçamentárias e financeiras do Estado.
Qual a análise que a senhora faz do quadro que recebeu na segurança?
Temos de analisar a questão da segurança levando em conta algumas vertentes. Da Copa do Mundo ficamos com um legado bom, mas infelizmente algumas coisas estão subutilizadas. Equipamentos que permitem a integração do sistema só agora estamos indo buscar em Brasília e fazendo a capacitação do pessoal para implementá-lo.
Temos de analisar a questão da segurança levando em conta algumas vertentes. Da Copa do Mundo ficamos com um legado bom, mas infelizmente algumas coisas estão subutilizadas. Equipamentos que permitem a integração do sistema só agora estamos indo buscar em Brasília e fazendo a capacitação do pessoal para implementá-lo.
A questão de recursos humanos de todo o
sistema de segurança pública - policia militar, civil, bombeiros e Itep
- é preocupante demais. É essencial e urgente que os poderes se unam
para minimizar essa problemática dos recursos humanos. A Policia Civil,
por exemplo, tem uma deficiência de 70% do efetivo previsto; na PM essa
deficiência é de mais de 30%, que se agrava com as aposentadorias.
Este
ano já perdemos 100 policiais entre mortos e aposentados. Nossa
preocupação também é com a interiorização da Polícia Civil, um projeto
pedido pelos prefeitos, mas que estamos analisando com muito critério
em função exatamente da falta de pessoal. A interiorização, hoje, é
praticamente impossível.
#Fonte: Tribuna do norte
ENTREVISTA SECRETARIA DE SEGURANÇA DO RN: “Os municípios precisam colaborar com a segurança”
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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