Nordestinos Sobrevivem a Terremoto no Nepal

Dois alpinistas nordestinos que estavam fazendo incursões nas montanhas do Nepal na hora do terremoto de 7,8 graus escaparam das avalanches é já estão em segurança, aguardando a situação melhorar para voltar ao Brasil. A paraibana Zeneide Leal estava na região do Himalaia no momento da tragédia que matou mais de 4 mil pessoas em várias cidades nepalesas, segundo o último boletim oficial. Quando a terra tremeu, ela estava com um grupo de alpinistas na montanha Annapurna - a 10ª mais alta do mundo.

Ag. France PressEquipes removem entulhos de um imóvel em Katmandu em busca de sobreviventes. Número de feridos ultrapassa sete mil

Segundo a paraibana, o cenário é de destruição em boa parte do Nepal. “Quando aconteceu o terremoto nós estávamos descendo. Estávamos em um lodge (uma espécie de hotel) almoçando quando começou e tivemos que correr para fora do prédio”, disse Zeneide. “Vimos avalanches nas encostas, rachaduras no chão, telhados e paredes destruídas nas casas dos moradores”, lembrou Zeneide, que teve de se hospedar em outro local por causa dos danos causados pelo terremoto.

Ela contou que novos tremores foram sentidos na região durante o domingo. “Chegamos em Pokhara - capital da região Oeste de país e quem tem pouco mais de 350 mil habitantes - e por aqui está tudo normal. Sentimos outros dois tremores, mais leves, mas nada que assustasse como o primeiro. Devemos ficar por aqui, onde vamos repousar”, contou.

Com o  cearense Rosier Alexandre o risco foi maior. Ele foi resgatado ontem por helicóptero do campo 1 do Monte Everest, a 5,9 mil metros. A assessoria de imprensa do projeto Sete Cumes, comandado por Rosier, informou que o “tempo limpo” no Nepal, permitiu que os helicópteros fizessem várias viagens para resgatar os montanhistas no Everest, presos após os terremotos. O alpinista ligou para família no Ceará anunciando o resgate às 3h37min (horário de Brasília).

Rosier se juntou ao filho, Davi Saraiva, que também faz parte do projeto. Eles passam bem e se encontraram no campo base do Monte Everest, onde procuravam equipamentos que foram abandonados após a avalanche. O alpinista cearense relatou que ao descer do helicóptero viu um “cenário de guerra”.