O último dia do mês
de março (31) foi de desolação para o servente de pedreiro Moisés
Olegário dos Santos, 42 anos. Após dois anos e sete meses de trabalho em
uma construtora da cidade, aquele seria o seu último dia. Não porque a
obra estivesse concluída: a empresa paralisara a construção do edifício
há dois meses – igual período em que deixou de pagar aos trabalhadores
envolvidos. De 20 pedreiros que iniciaram a obra, só restavam cinco,
que batem ponto todos os dias na esperança de que algo aconteça.
Morador de Nova Natal, Moisés não sabe ler nem escrever. Começou a trabalhar na construção civil há três anos, mas vivia por meio de bicos, seguindo o passo do pai e dos irmãos. É com o salário de R$ 745 que sustenta os três filhos e a esposa. “Agora eu vou para casa desesperado. Esse sábado é aluguel, sofá e estante para pagar. No começo a empresa nunca atrasou, mas agora já são quase dois meses”, desabafou o servente de pedreiro. A empresa, devendo mais de R$ 3 mil em vencimentos e rescisão, prometia pagar por meio de acordo judicial, o que não tinha data para acontecer. Mesmo com a demissão, Moisés já tinha planos para se virar por meio dos “bicos”. “Mas amanhã só levando de 8h”, brincou o pedreiro, acostumado a acordar às 4h45 da manhã.
O corte de empregos é causado pelo cenário de recessão econômica, segundo economistas. Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), a diminuição no número de lançamentos das empresas, bem como a saída de construtoras que investiram na cidade nos booms imobiliários de 2007 e 2009. "Essa diminuição também é causada pela saída das construtoras que vieram para Natal há alguns anos. Entre as construtoras vinculadas ao SINDUSCON, não observamos grandes reduções", afirmou Arnaldo Gaspar, presidente do sindicato.
A dificuldade, porém, não é apenas o corte de empregos, mas a dificuldade de realocação no mercado – no começo de 2015, o único setor que não teve saldo negativo na geração de postos no RN foi o setor de serviços. Segundo o Ministério do Trabalho, entre 2013 e 2014 houve um aumento de 3,71% nos pedidos de seguro desemprego para o setor.
Morador de Nova Natal, Moisés não sabe ler nem escrever. Começou a trabalhar na construção civil há três anos, mas vivia por meio de bicos, seguindo o passo do pai e dos irmãos. É com o salário de R$ 745 que sustenta os três filhos e a esposa. “Agora eu vou para casa desesperado. Esse sábado é aluguel, sofá e estante para pagar. No começo a empresa nunca atrasou, mas agora já são quase dois meses”, desabafou o servente de pedreiro. A empresa, devendo mais de R$ 3 mil em vencimentos e rescisão, prometia pagar por meio de acordo judicial, o que não tinha data para acontecer. Mesmo com a demissão, Moisés já tinha planos para se virar por meio dos “bicos”. “Mas amanhã só levando de 8h”, brincou o pedreiro, acostumado a acordar às 4h45 da manhã.
O corte de empregos é causado pelo cenário de recessão econômica, segundo economistas. Para o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), a diminuição no número de lançamentos das empresas, bem como a saída de construtoras que investiram na cidade nos booms imobiliários de 2007 e 2009. "Essa diminuição também é causada pela saída das construtoras que vieram para Natal há alguns anos. Entre as construtoras vinculadas ao SINDUSCON, não observamos grandes reduções", afirmou Arnaldo Gaspar, presidente do sindicato.
A dificuldade, porém, não é apenas o corte de empregos, mas a dificuldade de realocação no mercado – no começo de 2015, o único setor que não teve saldo negativo na geração de postos no RN foi o setor de serviços. Segundo o Ministério do Trabalho, entre 2013 e 2014 houve um aumento de 3,71% nos pedidos de seguro desemprego para o setor.
Freio Na Economia e nos Empregos no RN
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