Autor de contos, romances e crônicas, novelista, jornalista e ativista
político, Gabriel García Márquez, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura
em 1982 e um dos escritores mais importantes do século 20, morreu nesta
quinta-feira (17) aos 87 anos na Cidade do México. Diagnosticado com
câncer linfático em 1999 e aposentado desde 2004, García Márquez estava
com a saúde fragilizada e vinha enfrentando sérios problemas de memória.
Apesar da família evitar falar sobre o assunto, o irmão mais novo,
Jaime García Márquez, atribuía os problemas de saúde do escritor ao mal
de Alzheimer. A última aparição pública do autor de “Cem Anos de
Solidão” aconteceu durante seu aniversário, no dia 6 de março, quando
foi homenageado por jornalistas e fãs que levaram um bolo e flores à
porta de sua casa.
O autor de “Cem anos de Solidão” e “O amor nos tempos do Cólera” é considerado o maior escritor de língua espanhola do Século 20
Considerado
o escritor mais popular de língua espanhola desde Miguel de Cervantes
(1547-1616) e seu “Dom Quixote”, Gabriel García Márquez ficou conhecido
por obras ficcionais extravagantes e melancólicas. El Gabo, como era
conhecido na América Latina, também é considerado um dos pais do
realismo mágico, gênero literário desenvolvido entre os anos 1960 e 1970
caracterizado pela inclusão de elementos fantásticos no cotidiano
ordinário – suas histórias trazem personagens estranhos como um menino
que nasce com rabo de porco ou situações esdrúxulas como um homem que é
arrastado por um enxame de borboletas amarelas.
De todos os seus livros, certamente “Cem Anos de Solidão”, publicado em 1967, é o mais lido – obra que vendeu mais de 50 milhões de cópias em 25 idioma. Épico sobre uma família fictícia, Buendía, que se perpetua na cidade imaginária de Macondo, a obra mescla lembranças pessoais a acontecimentos extraordinários, antevendo o próprio drama pessoal que enfrentaria na velhice: a perda de memória (no livro, uma cidade inteira sofre com o problema).
De todos os seus livros, certamente “Cem Anos de Solidão”, publicado em 1967, é o mais lido – obra que vendeu mais de 50 milhões de cópias em 25 idioma. Épico sobre uma família fictícia, Buendía, que se perpetua na cidade imaginária de Macondo, a obra mescla lembranças pessoais a acontecimentos extraordinários, antevendo o próprio drama pessoal que enfrentaria na velhice: a perda de memória (no livro, uma cidade inteira sofre com o problema).
“Este livro foi o primeiro romance em que os
latino-americanos se reconheceram, que os definiu, celebrou a sua
paixão, sua intensidade, sua espiritualidade e superstição, sua grande
propensão ao fracasso”, declarou o crítico literário Gerald Martin,
autor da biografia “Gabriel García Márquez, uma vida” (2008) à agência
de notícias Associated Press dos EUA.
Gabriel García Márquez nasceu em Aracataca, pequeno município colombiano
perto da costa caribenha, no Norte daquele país. Era o mais velho de 11
irmãos. Criado até os 10 anos de idade pelos avós maternos, García
Márques colecionou histórias do avô, um coronel aposentado que lutou na
guerra, que deram munição para sua ficção. “Eu disse diversas vezes para
a minha família que eu comecei a contar coisas e histórias quase que
desde que nasci”, afirmou o escritor certa em uma entrevista. “Desde que
aprendi a falar”.
Morre o Grande Escritor Gabriel Garcia Marques
Reviewed by CanguaretamaDeFato
on
18.4.14
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