Insegurança é sensação comum para quem está na rede pública
Armas, drogas, assaltos, e até homicídios. Os relatos são comuns e
tornaram-se banais diante de tanta violência. Incrustada à sociedade, a
criminalidade invadiu as escolas e causa medo a alunos, gestores e
professores. “Nunca vi ninguém vender, mas a gente encontra o pessoal
fumando por aqui”. O comentário é de um adolescente de 16 anos, aluno do
7º ano da Escola Estadual Floriano Cavalcanti, no conjunto Mirassol,
durante o intervalo das aulas da manhã. Entre os colegas, a história se
repete.
Funcionários da unidade entram periodicamente nos banheiros para intimidar o suposto consumo de entorpecentes. Mas esse não é o único problema. No início deste mês, um professor foi assaltado dentro de uma sala de aula de lotada, no período noturno. “A segurança praticamente não existe. Até o ano passado, tínhamos a Guarda Patrimonial, que era boa, impunha respeito, autoridade. Agora, temos apenas porteiros desarmados, não são vigilantes”, afirma a diretora da escola, Soraia Cristina Marrocos.
Funcionários da unidade entram periodicamente nos banheiros para intimidar o suposto consumo de entorpecentes. Mas esse não é o único problema. No início deste mês, um professor foi assaltado dentro de uma sala de aula de lotada, no período noturno. “A segurança praticamente não existe. Até o ano passado, tínhamos a Guarda Patrimonial, que era boa, impunha respeito, autoridade. Agora, temos apenas porteiros desarmados, não são vigilantes”, afirma a diretora da escola, Soraia Cristina Marrocos.
O acesso de pessoas alheias ao ambiente escolar é facilitado nos horários de entrada e saída dos alunos. “É um controle muito difícil de ser feito. Tanto que o assaltante que entrou aqui, entrou junto com os alunos do EJA [Educação de Jovens e Adultos, à noite]. A sala estava cheia, mas ele só levou o celular e a carteira do professor”, lembra. No ano passado, o Ministério Público recomendou que o Governo do Estado dispensasse os 700 policiais da reserva que trabalhavam na Guarda Patrimonial. Parte deles eram cedidos ao Floca.
Reféns
Autoridade máxima dentro da sala de aula, os professores tornaram-se reféns do medo. Roseane Pereira, que ministra a disciplina de Ciências, já teve o carro arrombado no estacionamento da escola onde trabalhava. Uma carteira dela foi dentro da sala de aula, tirada da sua bolsa. “Tenho muito medo. Principalmente quando venho dar aulas à noite ou fazer reposição aos sábados. Aliás, o assalto foi no período noturno, mas poderia ter sido em qualquer horário”, destaca.
Quando não entra pelos portões dos colégios, o violência pula os muros. Os casos de arrombamentos são frequentes nas unidades. “Aqui não se compra mais ventiladores, porque é colocando e eles [arrombadores] tirando”, diz a diretora pedagógica Maria Queiroz, da Escola Estadual Padre Monte, nas Rocas. Dois arrombamentos aconteceram neste ano. Os professores formaram uma comissão que vai solicitar segurança armada para a escola junto à Seec.
A realidade de unidades que contam com segurança 24h, mas, ainda assim,
não escapam dos arrombadores. E outras, onde há apenas um porteiro para
cuidar de dois portões. Em contrapartida, projetos simples, que são
mantidos com pouco ou nenhum recurso, são exemplos de combate à
violência. Ideias ainda pouco divulgadas e reproduzidas, que transformam
a mentalidade dos jovens e tentam mudar, aos poucos, as comunidades ao
redor.
#Fonte: Tribuna do Norte
INSEGURANÇA NAS ESCOLAS
Reviewed by CanguaretamaDeFato
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