Secretaria de Educação do Estado Cria um Sexto Horário para a Reposição de Aulas nas Escolas

Com o fim da greve dos professores da rede estadual, a Secretaria de Educação (Seec) começa a receber, nesta semana, os planos de reposição de conteúdos elaborados pelos servidores. A previsão do Governo é que as aulas sejam repostas até junho, mas o coordenador das Direds (Diretorias Regionais de Educação), Eduardo Colin, admite que algumas escolas deverão passar desse prazo por causa do longo tempo que ficaram sem aulas.

No Anísio Teixeira, a reposição acontece aos sábados. Sexto horário já é ocupado por oficinas

De acordo com as diretrizes divulgadas pela Seec,  “a reposição deverá acontecer até o final do mês de junho, no acréscimo de hora (6º horário, por exemplo) ou no contraturno”. A escola é responsável por avisar os horários aos alunos e responsáveis. Na última sexta-feira (21), a secretária Betânia Ramalho destacou que o Estado não permitiria aulas aos sábados devido a denúncias de descumprimento das reposições em anos anteriores.

Porém, no caso da Escola Estadual Anísio Teixeira, localizada no Centro de Natal, a reposição já está acontecendo nos finais de semanas. “Somos uma Escola de Ensino Médio Inovador  e já temos o sexto horário ocupado com oficinas. Por isso, tivemos que manter a reposição no sábado”, explica a diretora da unidade, Auxiliadora Leite. “Nós não podemos engessar essas regras porque existem peculiaridades em algumas escolas, como é o caso dessa”, argumenta Eduardo Colin.

Durante a greve, 60% dos professores do turno matutino paralisaram. O turno vespertino do Anísio Teixeira parou completamente, mas a maior parte dos grevistas voltou à sala de aula no último dia 19,  antes da suspensão do movimento. Já houve reposição no último sábado (22). “A gente perdeu muito conteúdo, está tendo reposição, mas fica muita coisa acumulada”, considerou Armando Júnior, 16, aluno do 3º ano. A colega dele, Aline Berberick, 16, acredita que as aulas estão melhorando. “Os professores estão vindo das aula com mais vontade. Mas tem professor que não vem”, diz.