Canguaretama: Paciente Percorre Três Cidades Para Ser Atendida

CNT: A situação hospitalar de nossa cidade continua com muitos problemas, a ponto de uma mulher. para ser atendida, ter que se deslocar por várias cidade até ser atendida em Natal, pois aqui em Canguaretama não teve condições.

Ontem, os corredores estavam com apenas sete parturientes

 A Maternidade Januário Cicco depende da resolução de alguns dos problemas históricos do setor de obstetrícia do Rio Grande do Norte. Por ser uma das maiores unidades, e ter a porta constantemente "aberta", a Januário Cicco acaba por arcar com grande parte das deficiências do sistema de saúde no Rio Grande do Norte. As falhas no atendimento nos municípios potiguares, incluindo a capital, implicam na sobrecarga da Maternidade e do Hospital Santa Catarina.

Como os municípios continuam com deficiência, não há vagas suficientes para os pacientes de "alto risco". É o caso de Maria da Conceição, de 31 anos. Ela, natural de São Gonçalo do Amarante, estava alojada no corredor por falta de vagas na tarde de ontem, enquanto vários leitos da maternidade eram ocupados por pacientes que teriam um parto normal, sem riscos. "A vocação da maternidade é o paciente de alto risco. Sempre lembrando que a Januário Cicco é uma maternidade-escola e a sua prioridade é o ensino e a formação de novos profissionais", explica Kleber Morais.

O problema de receber pacientes além da sua responsabilidade também é visto nas maternidades do Município de Natal. Segundo dado dos diretores, cerca de 15% dos atendimentos é de municípios dos arredores da capital. A lista existente na Maternidade de Felipe Camarão mostra 40 municípios mandando pacientes para Natal. Edjane Sandra da Silva, de 17 anos, é uma dessas pacientes. Natural de CANGUARETAMA, ela precisou percorrer três unidades antes de ser atendida. Primeiramente, na própria Canguaretama e em São José do Mipibu.


#Fonte: Tribuna do Norte