Canguaretama: Canção da Boca do Povo



Minha terra não tem mais palmeiras 

O sibito não quer cantar
As aves emudeceram
Tamanho o seu pesar.

Nosso céu se veste cinza
No jardim só há urtigas 
Nossos bosques têm mais lixo
Nosso ensino é sofrível.

Cismo em não aceitar
Desdenho toda ambição
Que roubem, tripudiem
A boa fé do cidadão.

Nossa terra sem primores
Outrora já foi feliz
Antes do caos atual
Que quebrou nosso nariz
O descaso, o fingimento
De um governo sem diretriz.

Não permita Deus que eu morra
De tanta decepção,
Nossa gente sem esperança
Vítima da ingratidão
Sem desfrutar da alegria
Do direito a canção.


Nota: O poema Canção do exílio, de Gonçalves Dias denota um apego tão emblemático ao nosso país que tornou-se recordista em citações, parodias e recriações entre grandes poetas brasileiros. A minha versão – sem tamanha pretensão e qualidade estética, surgiu apenas com o intuito de protestar e fortalecer o apelo popular.


#Fonte: Blog do Profº |Eder Melo do blog http://recortecotidiano.blogspot.com
Canguaretama: Canção da Boca do Povo Canguaretama: Canção da Boca do Povo Reviewed by CanguaretamaDeFato on 29.12.12 Rating: 5

Nenhum comentário:

OS COMENTÁRIOS SÃO DE EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DO AUTOR.

REGRAS PARA FAZER COMENTÁRIOS:
Se registrar e ser membro do Blog; Se identificar (não ser anônimo); Respeitar o outro; Não Conter insultos, agressões, ofensas e baixarias; A tentativa de clonar nomes e apelidos de outros usuários para emitir opiniões em nome de terceiros configura crime de falsidade ideológica; Buscar através do seu comentário, contribuir para o desenvolvimento.

Tecnologia do Blogger.